Dúvida shakespeareana

Há mais mistérios no ar do que corvos de carreira. Alguma coisa nesta história toda do dossiê Vedoin não fecha, não amarra, não faz sentido. Se a famiglia Vedoin queria arrancar uns trocados, de quem quer que fosse, do PT, do PSDB, do bispo, do alcaide...oferecendo documentos que comprometeriam a campanha de Serra e por tabela, de Alckmin, e o dinheiro para pagar a trampa seria o que foi apreendido em mãos de dois sujeitos estranhos, um do PT e outro, ex-agente da PF, num hotel em São Paulo, como é que o tal dossiê saiu publicado na revista Istoé?
Se o dinheiro era para isso e foi barrado antes pela polícia, para quem os Vedoin liberaram “a parada”, se não receberam o “combinado”?
Quem pagou?
Como é que é isto? As especulações pululam. Os Vedoin, num arroubo de magnanimidade, resolveram entregar o dossiê de graça, visando restaurar a moralidade pública? Pouco provável. Essa gente não comete tal insanidade.
Como, por que e para quê a Polícia Federal rastreou e acompanhou os passos e ligações dos dois portadores ( Valdebran Padilha e Gedimar Passos ) do dinheiro ( R$ 1,7 milhão) a ponto de flagrá-los no hotel com a boca na botija? Quem avisou a polícia que este dinheiro estava lá e que seria usado para fins escusos?
A dúvida que ronda a opinião pública é: quem ganhou e quem perdeu com essa trabuzana toda?
A resposta a esta pergunta resolve tudo.