" O Rei". A repercussão
Muita gente tem mandado e-mails para o Politika sobre a nota a respeito da ação que Roberto Carlos moveu ( e ganhou ) para impedir a divulgação e circulação de sua biografia "Roberto Carlos em Detalhes", de autoria do fã, jornalista e historiador Paulo César Araújo. O "Rei" não buscou reparação pessoal, indenização, nada. Só quis mesmo silenciar a produção literária do rapaz.
Já que a decisão na justiça está tomada, as partes entraram em acordo, a dúvida cruel que paira nas mentes dos nossos leitores passa a ser agora de natureza prática, e procede: o que Roberto Carlos vai fazer com mais de 6 toneladas de papel?
Ninguém sabe mas que intriga, intriga.
A nota do Politika teve apenas o propósito de exercer o direito de se indignar perante aquilo que considerou uma aberração: silenciar, na justiça, a circulação de uma obra literária, ao que consta de muito bom nivel. Mas o episódio tem suscitado uma curiosidade cruel: o destino dos mais de 10 mil exemplares da biografia de Roberto Carlos.
Enquanto aguardamos o desfecho, que queremos acompanhar, vamos imaginar a trajetória do encalhe. Seis toneladas de papel equivalem ao peso de uns 9 Fuscas, por isso o caminhão para transportar esta carga precisa ser bem taludo, desses de mudança.
O caminhão sai do depósito da Editora Planeta, caminha pelas marginais, entra rua, sai rua, pára em alguns faróis. O motorista está sabendo o endereço e o nome do recipiendário: Roberto Carlos Braga. Ele não associa o nome ao do Rei. Aumenta o volume do rádio e cantarola, batucando no volante, " Eu sou terrível / Vou lhe dizer / Que ponho mesmo / Pra derreter..."
Estaciona na porta de um prédio de luxo nos Jardins e comunica ao porteiro que a entrega do "sêo Roberto" chegou.
O porteiro toca o interfone: - Dr. Roberto, o bagulho chegou.
A partir daí ninguém sabe o que será, mas se a remota e sinistra hipótese da cremação se materializasse, pelo menos, aí sim, poderíamos usar a expressão, com uma propriedade jamais antes pronunciada: é uma brasa, mora?
1 Comentários:
Tenho espasmos de riso toda vez que releio o trecho em que o porteiro comunica pelo interfone a roberto carlos que chegou o caminhão com os livros apreendidos:
- doutor roberto, o bagulho chegou.
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