Chávez lota ruas de Caracas em manifestação pela nova Constituição e ameaça cortar petróleo para os EUA.
Num discurso emocionado e contundente o presidente da Venezuela encerrou hoje na Av. Bolivar a campanha pela aprovação da nova Constituição do país. No próximo domigo será realizado um plebiscito para referendar as alterações na Constituição que foram aprovadas pelo parlamento.
Se o referendo da nova Carta Magna da Venezuela fosse decidido pela capacidade de reunir pessoas nas ruas de Caracas, o "Sim" seria declarado vencedor com larga vantagem nesta sexta-feira (30), quando os partidários do presidente Hugo Chávez celebraram o fim da campanha pela aprovação da proposta do governo.
Chávez disse que há perigo de ocorrer uma onda de violência como parte de um plano dos Estados Unidos chamado de "Operación Tenaza".
"Se a 'Operación Tenaza' for efetivada no domingo, na segunda-feira não haverá uma gota de petróleo da Venezuela nos Estados Unidos", prometeu Chávez."
Se, no domingo, ganhar o 'Sim', como tudo indica, e aqui, a oligarquia e os 'piti-yanquis' apelarem para a violência, se quiserem nosso petróleo terão de passar 100 anos de guerra na Venezuela".
"Senhor presidente da (estatal do petróleo) PDVSA (Rafael Ramírez), mande rever os embarques de petróleo pendentes para os Estados Unidos".
Chávez também determinou às Forças Armadas que ponham em marcha um plano especial de proteção dos campos petroleiros e das refinarias: "ordeno ao Ministério da Defesa, ao Exército, à Aviação, à Marinha de Guerra e à Guarda Nacional que, a partir de hoje, elabore planos especiais de proteção de nossos campos petroleiros e nossas refinarias".
"A partir desta noite serão ocupados pelo Exército, junto com os trabalhadores da PDVSA", disse Chávez, no discurso de encerramento da campanha para o referendo de reforma da Constituição.
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