E pur se muove, Marina Silva, e pur se muove!
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Pois bem. Um editorial da Folha de São Paulo de hoje, 20/1,"Criacionismo, não" nos traz um relato do Congresso Criacionismo e Mídia, promovido pela Universidade Adventista de São Paulo,onde fez palestra a evangélica ministra Marina Silva. Diante de um impasse que eu imaginava superado desde quando o monge Gregor Mendel(1822-1884) cruzou ervilhas na calada da noite, a Ministra nos vem com a inacreditável sugestão: "temos que oferecer nas escolas as duas versões, a evolucionista, de Darwin e a Criacionista, [da vida criada por Deus em sua forma final], para que daí cada um tire as suas próprias conclusões"
Caí das nuvens. Nenhum governo que tenha vergonha na cara pode permitir, como opção e a título de liberalismo laico, o ensino de uma teoria comprovadamente superada e equivocada. Não se tratam aqui de duas visões diferentes da mesma coisa, mas sim de uma teoria científica de um lado e de uma asneira de outro.
Se eu fosse o Lula eu amarraria a Marina Silva num pé de mesa, com água para beber numa cuia de queijo Palmira.
Nessa toada, em breve estaremos ensinando nas escolas a teoria da geração espontânea, que consisitia em produzir camundongos a partir do cruzamento de uma cueca velha com germe de trigo - Jan Baptista Van Helmont (1577-1644) ou dos homúnculos(Anton Van Leeuwenhoek-1632-1723) (ilustração), a tese que foi defendida e acreditada por séculos, em que cada ser humano já estava prontinho, só que minúsculo, dentro do espermatozóide e que o trabalho de reprodução se limitaria a chocar aquilo dentro de uma mulher.
Daí para uma nova Inquisição são dois palitos.
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