Façam suas apostas.
A incerteza quanto à presença de Lula no debate da Globo, ontem à noite, foi uma espécie de água na fervura. Os candidatos Alckmin, Buarque e Heloisa Helena não sabiam até a última hora se Lula participaria ou não. Os ânimos estavam preparados para que o presidente, a princípio, não participasse. Os boatos espalhados no fim da tarde, de que Lula poderia participar, parecem ter feito o sangue dos três candidatos ferver, forçando-os a se refazerem psicologicamente para isso, colocando em alerta seus instintos mais primitivos. A presença de Lula, evidentemente, transformaria o estúdio da Globo numa arena de gladiadores com sangue na boca e navalha na liga, quando não, numa briga de rua.
A ausência de Lula teve o efeito de um anti-Viagra, tornando o debate obeso, lento e murcho, com os três candidatos atirando para todos os lados num verdadeiro salve-se quem puder. Tinha-se a impressão que eles não sabiam o que fazer, já que a única razão que tinham para estarem ali estava em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, fazendo um comício de encerramento de campanha.
Heloisa Helena, não tendo como atacar Alckmin procurou acertá-lo indiretamente, voltando sua metralhadora verbal contra Fernando Henrique. E contra Lula, evidentemente, chamando-o das piores coisas. Alckmin, inábil e inexperiente, não soube tirar proveito da insistência colérica de Helô, demonstrou nervosismo e ficou num lero-lero redundante, rebuscado, monótono, difícil de se entender.
O bom Cristovam acabou fazendo um jogo ambíguo incapaz de lhe render um voto e que beirou a pusilanimidade.
Todos estavam, entretanto, em pleno acordo quando o assunto era a ausência de Lula e o que restou foi o retrato de um enorme despreparo dos três para tirar proveito disso.
Ao que parece, lucrou Lula.
Os dados estão lançados.
A ausência de Lula teve o efeito de um anti-Viagra, tornando o debate obeso, lento e murcho, com os três candidatos atirando para todos os lados num verdadeiro salve-se quem puder. Tinha-se a impressão que eles não sabiam o que fazer, já que a única razão que tinham para estarem ali estava em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo, fazendo um comício de encerramento de campanha.
Heloisa Helena, não tendo como atacar Alckmin procurou acertá-lo indiretamente, voltando sua metralhadora verbal contra Fernando Henrique. E contra Lula, evidentemente, chamando-o das piores coisas. Alckmin, inábil e inexperiente, não soube tirar proveito da insistência colérica de Helô, demonstrou nervosismo e ficou num lero-lero redundante, rebuscado, monótono, difícil de se entender.
O bom Cristovam acabou fazendo um jogo ambíguo incapaz de lhe render um voto e que beirou a pusilanimidade.
Todos estavam, entretanto, em pleno acordo quando o assunto era a ausência de Lula e o que restou foi o retrato de um enorme despreparo dos três para tirar proveito disso.
Ao que parece, lucrou Lula.
Os dados estão lançados.
3 Comentários:
Se a ausência de Lula no debate de ontem foi melhor ou pior, e para quem, não há como saber. Concordo que a sua presença teria reduzido o debate a uma série infindável de acusações e questionamentos acerca de dossiês e mensalões e um sabia-não-sabia sem fim. Se a política brasileira foi reduzida a isto, eu não saberia dizer.
No entanto, discordo que o não-comparecimento do Presidente tenha tornado a peleja obesa, lenta e murcha. Ao contrário, acredito inclusive que foi justamente este o fato que permitiu que, em alto nível, ali se discutisse política. Nesse contexto, foi curioso perceber como praticamente todas as respostas e réplicas eram iniciadas com a observação "concordo plenamente". Acredito que isto denota, por um lado, algum amadurecimento político diante da desilusão causada em todos nós pelo governo Lula mas ao mesmo tempo uma preocupante homogeneidade entre os debatedores. Supostamente são adversários políticos, de quem se esperaria ouvir propostas distintas e não apenas meios distintos para alcançar o mesmos fins.
À parte de sua incapacidade de governar uma nação, o discurso de Cristovam Buarque veio ao encontro de algo que desde sempre acredito e quis ouvir de um político: é através da educação e somente da educação, que a revolução que sempre sonhamos no Brasil pode, quiçá, se tornar realidade. O resto é papo-furado.
Pedro
Se a ausência de Lula no debate de ontem foi melhor ou pior, e para quem, não há como saber. Concordo que a sua presença teria reduzido o debate a uma série infindável de acusações e questionamentos acerca de dossiês e mensalões e um sabia-não-sabia sem fim. Se a política brasileira foi reduzida a isto, eu não saberia dizer.
No entanto, discordo que o não-comparecimento do Presidente tenha tornado a peleja obesa, lenta e murcha. Ao contrário, acredito inclusive que foi justamente este o fato que permitiu que, em alto nível, ali se discutisse política. Nesse contexto, foi curioso perceber como praticamente todas as respostas e réplicas eram iniciadas com a observação "concordo plenamente". Acredito que isto denota, por um lado, algum amadurecimento político diante da desilusão causada em todos nós pelo governo Lula mas ao mesmo tempo uma preocupante homogeneidade entre os debatedores. Supostamente são adversários políticos, de quem se esperaria ouvir propostas distintas e não apenas meios distintos para alcançar o mesmos fins.
À parte de sua incapacidade de governar uma nação, o discurso de Cristovam Buarque veio ao encontro de algo que desde sempre acredito e quis ouvir de um político: é através da educação e somente da educação, que a revolução que sempre sonhamos no Brasil pode, quiçá, se tornar realidade. O resto é papo-furado.
Pedro
Obrigado pelo comentário. Participe sempre.
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