Golpe à vista.
A oposição sistemática ao governo e à reeleição de Lula, encarnada no PSDB e no PFL e em grande parte da imprensa, está a beira de um ataque de nervos. A cada bordoada, a cada tocaia, a cada rabo-de-arraia, a cada contrafação a candidatura de Lula parece crescer ainda mais. Seus índices de preferência popular e aprovação do seu governo só aumentam. O acompanhamento diário do comportamento do eleitor, "tracking", para os últimos 3 dias anteriores, mostrou neste fim de semana que Lula já está 21 pontos à frente de Alckmin. A notícia soou como uma marcha fúnebre, um réquiem, aos ouvidos da oposição.
A última manobra, anunciada hoje pelo tucano Tasso Jereissati, é que se crie uma espécie de "República do Galeão", transferindo as apurações sobre o maldito dossiê, das mãos da Polícia Federal para o TSE, convertido, por meio de uma maroteira, em tribunal de exceção. Como se não bastasse, querem transformar em fraude, quase em episódio policial, o apoio do governador Blairo Maggi à candidatura de Lula. Para arrematar a valsa, os tucanos querem que a OAB acompanhe as investigações, constrangendo a respeitabilíssima instituiçao a se envolver numa maracutaia alimentada por nada mais nada menos que uma matéria de Veja desta semana que diz que o ministro Márcio Thomaz Bastos arma uma blindagem a Lula, ocultando a culpa de Freud Godoy no episódio do dossiê. Uma indignidade até compreensível numa disputa eleitoral, mas solerte e imperdoável por querer envolver uma instituiçào como a OAB em seu desespero, tendo como fundamento, exclusivamente, as suspeitas levantadas por uma revista, como se isso já fosse suficiente para se formar qualquer tipo de juizo. Ao contrário, Veja tem dado expressivas provas de que trabalha a favor de Alckmin.
O jornalista Paulo Henrique Amorim, em sua ConversAfiada, no Portal IG, dá uma versão lúcida sobre os episódios golpistas que a oposição tem tentado armar contra a candidatura de Lula.
Em "O 1º GOLPE DE ESTADO JÁ HOUVE. E O 2º?
Amorim inicia dizendo:
Um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno.
Um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno.
É o que demonstra de forma irrefutável a reportagem de capa da revista Carta Capital que está nas bancas (“A trama que levou ao segundo turno”), de Raimundo Rodrigues Pereira. E merecia um sub-titulo: “A radiografia da imprensa brasileira”.Leia a matéria completa.
Nem muito originais as manobras dos anti-lulistas têm se mostrado. A UDN, encarnada na carcaça de Carlos Lacerda, usou desesperadamente dos mesmos expedientes e à exaustão. O Exemplo mais emblemático foi o de querer impugnar a eleição de JK em 1955, na suposição de ele ter sido eleito com votos comunistas. O raciocínio era banal. Se JK recebeu votos comunistas e os comunistas estão na ilegalidade, logo esses votos não existem. Não falta apenas originalidade aos tucanos, hoje. Faltam-lhes o talento e o brilho infernal de Lacerda.
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