O preço do passado II
Editorial da Folha de São Paulo de hoje, 19/11:
Troca de figurino
Após devastadora crise moral, Lula tem o poder de compor um ministério que dissipe qualquer suspeita ética de origem.
MOBILIZANDO naturais e previsíveis apetites, a reforma ministerial ocupa as atenções do Planalto, exigindo do presidente Lula que abandone, da noite para o dia, o figurino de pai dos pobres, característico de sua campanha eleitoral, em favor da madrasta antipatia de quem se vê pressionado pelo próprio partido e pelos outros, aos quais decidiu se aliar.Dada a frouxa realidade institucional do país, termina caindo nas mãos do soberano eleito a escolha de auxiliares que, em sistemas políticos organizados, surgiriam em grande parte como decorrência lógica do balanço de forças parlamentar.Jader Barbalho no Ministério da Justiça; Romero Jucá no Meio Ambiente; Professor Luizinho na Educação; Ângela Guadagnin nos Esportes, Ideli Salvati no Gabinete Civil.
Coluna deJânio de Freitas, Folha de São Paulo, hoje, 19/11:
Também nunca vi um governante eleito que se declarasse tão dependente de um partido que não é o seu, para viabilizar os presumidos atos do futuro governo.Todos os dias, Lula repete que vai dividir o governo com o PMDB, porque nada, a seu ver, é mais essencial do que tê-lo como sua força decisiva no Congresso. E o quer por inteiro, unidos todos os muitos segmentos no lulismo permanente -mas, claro, não incondicional.
Troca de figurino
Após devastadora crise moral, Lula tem o poder de compor um ministério que dissipe qualquer suspeita ética de origem.
MOBILIZANDO naturais e previsíveis apetites, a reforma ministerial ocupa as atenções do Planalto, exigindo do presidente Lula que abandone, da noite para o dia, o figurino de pai dos pobres, característico de sua campanha eleitoral, em favor da madrasta antipatia de quem se vê pressionado pelo próprio partido e pelos outros, aos quais decidiu se aliar.Dada a frouxa realidade institucional do país, termina caindo nas mãos do soberano eleito a escolha de auxiliares que, em sistemas políticos organizados, surgiriam em grande parte como decorrência lógica do balanço de forças parlamentar.Jader Barbalho no Ministério da Justiça; Romero Jucá no Meio Ambiente; Professor Luizinho na Educação; Ângela Guadagnin nos Esportes, Ideli Salvati no Gabinete Civil.
Coluna deJânio de Freitas, Folha de São Paulo, hoje, 19/11:
Também nunca vi um governante eleito que se declarasse tão dependente de um partido que não é o seu, para viabilizar os presumidos atos do futuro governo.Todos os dias, Lula repete que vai dividir o governo com o PMDB, porque nada, a seu ver, é mais essencial do que tê-lo como sua força decisiva no Congresso. E o quer por inteiro, unidos todos os muitos segmentos no lulismo permanente -mas, claro, não incondicional.
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