Collor volta, com discurso de noventa páginas.
Sobre Ibsen Pinheiro:
"Sua atuação terminou por transformar o instituto do impeachment, que é um remédio jurídico e político contra graves crises institucionais, num instrumento de vingança política, de afirmação pessoal e de desforra particular".
Sobre seu impeachment:
"26 pedidos de impeachment foram feitos no governo FHC e 26 no primeiro mandato do governo Lula, mas nenhum prosperou. Porque até hoje, mais de 60 anos depois da Constituição de 1946, apenas contra meu governo se deu curso a essa espúria representação? Trata-se de um patético documento, aceito sem qualquer discussão, sem qualquer ponderação, sem qualquer cautela, sem qualquer isenção e com total ausência de equilíbrio e serenidade".
Sobre o PSDB:
"Propus um entendimento com o PSDB através do seu Presidente, senador Franco Montoro, convidando para as duas áreas vitais de qualquer governo, a da Fazenda o então deputado José Serra e para a das Relações Exteriores o senador Fernando Henrique Cardoso.
Não por falta de iniciativa e de empenho de minha parte, mas pelo fato de o acordo, depois de fechado e sacramentado, ter sido rompido de forma abrupta por exigência de um de seus próceres".
Reparação:
"O tempo é o único recurso inadministrável da política. Restaram a mutilação de meu mandato e o ostracismo político que me foi imposto. Não tive ainda reparados os danos causados à minha honra, à minha dignidade, e ao meu decoro pessoal e político".
Política:
"Não se faz política sem a participação de traidores. Na política não existem amigos, mas interesses".
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