Pingos nos iis.
Uma meia dúzia de fãs incondicionais de Robertos Carlos está ligeiramente incomodada com o tratamento que demos à biografia do moço, aqui tratada em alguns momentos por "encalhe", "papel velho" ou "bagulho". A maioria gostou, graças a Deus, como diria Paulo Coelho.
Aos eternamente insatisfeitos, explico: nao fui eu quem alterou o estatuto ontológico da obra, transformando uma biografia em papel velho. Foi o próprio biografado. Uma biografia numa estante, na mesa da biblioteca de uma escola pública, nas mãos de um adolescente, de um idoso, é um livro, uma janela aberta para o universo, uma coisa quase sagrada.
Num caminhão, empacotado, à espera da fogueira ou da guilhotina não é um livro, é papel velho, sucata, encalhe, estorvo, sei lá. Um livro, jamais.
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