O que a mídia esconde sobre a Venezuela
O jornalista chileno Hernán Uribe, da revista Punto Final, escreveu um artigo comentando a cooptação de veículos e jornalistas venezuelanos pela CIA. Segundo o artigo, a advogada Eva Golinger denunciou, no dia 25 de maio, em Caracas, que o Departamento de Estado dos Estados Unidos planeja financiar órgãos de imprensa e jornalistas venezuelanos. O plano da Divisão de Assuntos Educativos e Culturais é influir na política editorial dos veículos de comunicação, incentivando e estimulando a publicação de notícias contra o governo Chávez e incitando a população a atos golpistas.
Esse comportamento anti-Chávez se intensificou depois da não renovação da concessão do canal de televisão da RCTV, dentro dos limites da lei venezuelana. Uribe lembra, em seu artigo, que os mesmos veículos de comunicação que criticam a atitude do governo venezuelano omitem que nos Estados Unidos é adotado o mesmo mecanismo de permissão e renovação para emissoras de rádio e televisão, pelo prazo de oito anos, e que para obter a renovação da concessão as emissoras devem comprovar que “serviram ao interesse público”.
Recentemente, Michael J. Coops, membro da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos sugeriu reduzir esse prazo para três anos. “O uso do espaço radioeletrônico é um privilégio lucrativo, não um direito, e temo que a FCC não faça o suficiente para defender o interesse público”, escreveu Coops, defendendo uma postura mais rigorosa na análise da renovação das concessões de canais de rádio e televisão nos Estados Unidos.
Só que isso não é divulgado pela mídia latino-americana, inclusive a brasileira, sempre tão rigorosa na condenação à decisão administrativa, amparada pela legislação venezuelana, de não renovar a concessão do canal de televisão da RCTV.
(Fonte: Blog do Zé Dirceu)
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