Veja não vai ao ponto G
A revista Veja dedicou a entrevista das páginas amarelas da edição desta semana para ouvir Marcel Granier, a criatura que preside a RCTV, da Venezuela, a emissora que saiu do ar semana passada por ter participado ativamente do golpe miado dado contra o presidente Hugo Chávez em abril de 2002.
A entrevista foi patética, uma verdadeira obra de realismo fantástico, ou pior, de puro surrealismo.
À medida que se lê aquela aquela revista horrorosa, um certo grau de ansiedade e tensão vai tomando conta do leitor. É de se esperar que em algum da momento da entrevista, a principal revista brasileira pegue Granier de surpresa e pergunte sobre o golpe de abril de 2002. Mesmo que os dois- entrevistador e entrevistado- finjam achar que tudo foi um pretexto de Chávez para surrupiar a emissora de Granier, que lhe fazia oposição, espera-se que a pergunta fatal seja feita: "- Afinal, sêo Granier, qual foi sua participação no golpe?", mesmo que fosse só para ele negar. Não!! O tema passa virgem por toda entrevista. Fala-se de tudo menos do único, exclusivo e verdadeiro motivo de todo o imbroglio com a RCTV. O ponto G, do golpe, não passou nem perto daquela conversa de compadres.
Cada vez mais eu entendo porque Diogo Mainardi e Reinaldo Azevedo trabalham em Veja. Os tres se merecem.
E cada vez menos eu entendo qual a patologia que ainda me faz abrir as páginas deste magazine escatológico.
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