Reflexões do sábio Oscar
"Cansado de repetições, tento mudar de assunto. Passei a vida sobre a prancheta, mas, para mim, a política importa mais que a arquitetura".
"A arquitetura serve apenas aos mais poderosos; os mais pobres dela nada usufruem, vendo, revoltados, de seus barracos, o mundo dos ricos."
"[...]o concreto armado tudo permite aos arquitetos, que arquitetura é invenção e que a minha preocupação principal é utilizar a técnica em toda a sua plenitude, buscando dar aos meus projetos a surpresa, o espanto que uma obra de arte requer."
"E mais ainda os surpreendo quando falo dos problemas da vida, deste mundo injusto que devemos modificar, da insignificância do ser humano diante deste universo fantástico que tanto o atrai e humilha."
"[ ]o homem será mais simples, mais humano, curioso à procura da verdade de sua própria existência, de sua origem tão longínqua que até uma ameba poderá explicá-la. "
"[ ]enveredo, como comunista que sou, pela crítica deste sistema capitalista responsável pela injustiça e pela violência que se multiplicam por toda a parte, com o império de Bush a invadir os países mais desprotegidos."
"Raramente algum[jornalista] deles resolve contestar-me: "E no mundo socialista que vocês propõem, o que vai acontecer?". É claro -respondo- que a vida será mais justa, as habitações serão mais modestas, mas as escolas, as universidades, os grandes empreendimentos humanos -os hospitais, os estádios, os cinemas, os teatros, os museus, os centros culturais- serão mais importantes, porque deles todos participarão"
"Aproveito este texto para esclarecer que a presença de Lula no atual governo é, a meu ver, da maior importância. Operário, voltado para o povo, hábil na política externa, embora, como comunistas, nos seja muitas vezes difícil aceitar o seu espírito conciliador."
"Vivemos um momento difícil no campo internacional, o império de Bush a ameaçar o mundo inteiro. Internamente, um ambiente estranho começa a nos inquietar: é uma onda irrefreável de denúncias, gravações de conversas telefônicas, gente sendo presa sem provas; cria-se o terror, como nos velhos tempos de Beria na antiga União Soviética ou no período do macartismo nos Estados Unidos."
(Trechos do artigo "Entrevistas", de Oscar Niemeyer, na Folha de São Paulo, hoje, 15/7)
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