BBC fala do enfraquecimento da grande mídia tradicional
A imprensa, em períodos de liberdade de expressão, sempre questionou e pressionou a classe política. No início dos anos 50, Carlos Lacerda e sua Tribuna da Imprensa conseguiram abalar o governo de Getúlio Vargas, numa crise que culminou com o atentado contra o jornalista/político e o conseqüente suicídio do presidente. O regime militar pós-64 manteve os jornais sob censura porque acreditava que sua ação livre era um risco à nova ordem autoritária. A imprensa não venceu na luta por Diretas-Já em 1984, mas seu engajamento na campanha garantiu que a eleição de Tancredo e Sarney no ano seguinte fosse a última no Colégio Eleitoral. A queda de Fernando Collor de Mello se deveu, em muito, à atuação de jornais e revistas que expuseram atos de corrupção em seu governo.
Mas e hoje? Quem da classe política realmente se importa com o que diz o chamado Quarto Poder? O senador peemedebista pareceu não se abalar com a revolta exposta pela imprensa nacional. Tampouco o governo federal se viu obrigado a exigir que ele pelo menos se afastasse da Presidência da Casa. Em seu primeiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva manteve ministros cujas cabeças eram pedidas por jornais durante meses e reelegeu-se presidente mesmo encurralado por grande parte da mídia. A pressão da imprensa parece não surtir grandes efeitos sobre os caminhos da política brasileira.Tiragens reduzidas, fragmentação do mercado de mídia, distanciamento entre veículos e público, são várias as razões para o enfraquecimento do poder da imprensa tradicional, fato que não ocorre apenas no Brasil. Em julho, o The New York Times publicou um editorial defendendo a saída das tropas americanas do Iraque. Mas, como disse Paul Harris dias depois no britânico The Observer, o impacto do editorial foi mínimo, como se governo e sociedade americanos pouco ligassem hoje para o que pensa o mais importante jornal do país.
Mas e hoje? Quem da classe política realmente se importa com o que diz o chamado Quarto Poder? O senador peemedebista pareceu não se abalar com a revolta exposta pela imprensa nacional. Tampouco o governo federal se viu obrigado a exigir que ele pelo menos se afastasse da Presidência da Casa. Em seu primeiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva manteve ministros cujas cabeças eram pedidas por jornais durante meses e reelegeu-se presidente mesmo encurralado por grande parte da mídia. A pressão da imprensa parece não surtir grandes efeitos sobre os caminhos da política brasileira.Tiragens reduzidas, fragmentação do mercado de mídia, distanciamento entre veículos e público, são várias as razões para o enfraquecimento do poder da imprensa tradicional, fato que não ocorre apenas no Brasil. Em julho, o The New York Times publicou um editorial defendendo a saída das tropas americanas do Iraque. Mas, como disse Paul Harris dias depois no britânico The Observer, o impacto do editorial foi mínimo, como se governo e sociedade americanos pouco ligassem hoje para o que pensa o mais importante jornal do país.
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