PF abre investigação contra Edir Macedo na compra da Record. Boa oportunidade para examinar também a Globo X Time Life e a Abril X Curundeia.
Deputado denuncia bispo de ter se apropriado de recursos para comprar empresa; emissora não se manifesta.
Com base em uma denúncia do ex-deputado estadual Afanasio Jazadji (DEM), apresentada há dois anos, a Polícia Federal decidiu abrir investigação sobre o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pela suposta prática de crimes de falsidade ideológica, contra a fé pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O inquérito será conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, informou nesta quinta-feira, 18, a superintendência regional da PF em São Paulo.Para Jazadji, o líder da Universal teria se apropriado de recursos da igreja para formar patrimônio pessoal em empresas de comunicação, referindo-se à compra da Rede Record.
Jazadji juntou à representação cópia de documento que o bispo teria assinado, em 2003, quando teria se mudado para os Estados Unidos. Nesse documento, Macedo informou que no ano anterior teve rendimento tributável de R$ 8.289,60. Na época, ele já era controlador da Rede Record de Rádio e Televisão.
O ex-deputado reforçou a denúncia com dados que obteve na 39.ª Vara Cível da Capital, onde tramitava uma ação ordinária de revogação de doação por ingratidão que um ex-obreiro da Universal moveu contra o bispo.
"Com artifícios, (o bispo) conseguiu do obreiro e de seu irmão a fabulosa quantia de US$ 3,2 milhões alegando aos crédulos dizimistas da seita de que precisaria daquele numerário para fechar suas contas com a Receita Federal", assinala o ex-deputado. "Em verdade, foi um pedido de empréstimo que acabou se transformando em doação forçada."
O ex-deputado destacou declaração do advogado Rodrigo Pereira Adriano, da Universal, anexada aos autos daquela ação judicial. "Edir Macedo não tem nenhum vínculo jurídico/estatutário com a Universal, não faz parte de sua diretoria, bem como não reside neste País", assinalou o advogado.
Ainda segundo a representação de Jazadji, o advogado entregou à Justiça "declaração à Receita de saída definitiva do País, comprovando que o requerido (Macedo) não reside neste País", mas em Nova York.
"O fato é grave e deve chamar a atenção da Polícia Federal, da Receita e do Ministério Público Federal, instituições que vêm desenvolvendo seguidas e bem sucedidas operações de combate à evasão fiscal, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal", ressalta Jazadji.
A legislação que disciplina a concessão para exploração de veículos de comunicação exige que os diretores executivos dessas empresas sejam brasileiros e residam no País. "Se assim é como admitir que o concessionário da Rede Record de Rádio e Televisão esteja morando definitivamente fora do País?", questiona o ex-deputado.
"Como ficam suas obrigações constitucionais, na medida em que é concessionário de exploração de serviço público de rádio e de TV? Não poderia ter as concessões cassadas?", questiona Jazadji
Especulação
A direção da Record não se manifestou sobre o inquérito federal. "Não temos ciência do teor do mesmo", observou a emissora, por meio de sua assessoria de imprensa.
"A compra da Record foi investigada várias vezes e não há mais o que ser investigado. Se o assunto é esse não passa de especulação e configura no linguajar jurídico "bis in idem", isto é, investigar o que já foi investigado, de forma que o inquérito não prosperará na forma da lei brasileira, porque já foi tudo investigado em outro inquérito. Se for outro assunto não podemos opinar porque não tomamos ciência do mesmo ainda, sendo assim como opinar sobre o que não se conhece?"
O bispo Edir Macedo, a Universal e o advogado Rodrigo Pereira Adriano também não quiseram se pronunciar sobre a investigação da PF. Segundo a assessoria da Igreja, Macedo "ainda não foi notificado sobre o inquérito".
Com base em uma denúncia do ex-deputado estadual Afanasio Jazadji (DEM), apresentada há dois anos, a Polícia Federal decidiu abrir investigação sobre o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, pela suposta prática de crimes de falsidade ideológica, contra a fé pública, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
O inquérito será conduzido pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários, informou nesta quinta-feira, 18, a superintendência regional da PF em São Paulo.Para Jazadji, o líder da Universal teria se apropriado de recursos da igreja para formar patrimônio pessoal em empresas de comunicação, referindo-se à compra da Rede Record.
Jazadji juntou à representação cópia de documento que o bispo teria assinado, em 2003, quando teria se mudado para os Estados Unidos. Nesse documento, Macedo informou que no ano anterior teve rendimento tributável de R$ 8.289,60. Na época, ele já era controlador da Rede Record de Rádio e Televisão.
O ex-deputado reforçou a denúncia com dados que obteve na 39.ª Vara Cível da Capital, onde tramitava uma ação ordinária de revogação de doação por ingratidão que um ex-obreiro da Universal moveu contra o bispo.
"Com artifícios, (o bispo) conseguiu do obreiro e de seu irmão a fabulosa quantia de US$ 3,2 milhões alegando aos crédulos dizimistas da seita de que precisaria daquele numerário para fechar suas contas com a Receita Federal", assinala o ex-deputado. "Em verdade, foi um pedido de empréstimo que acabou se transformando em doação forçada."
O ex-deputado destacou declaração do advogado Rodrigo Pereira Adriano, da Universal, anexada aos autos daquela ação judicial. "Edir Macedo não tem nenhum vínculo jurídico/estatutário com a Universal, não faz parte de sua diretoria, bem como não reside neste País", assinalou o advogado.
Ainda segundo a representação de Jazadji, o advogado entregou à Justiça "declaração à Receita de saída definitiva do País, comprovando que o requerido (Macedo) não reside neste País", mas em Nova York.
"O fato é grave e deve chamar a atenção da Polícia Federal, da Receita e do Ministério Público Federal, instituições que vêm desenvolvendo seguidas e bem sucedidas operações de combate à evasão fiscal, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal", ressalta Jazadji.
A legislação que disciplina a concessão para exploração de veículos de comunicação exige que os diretores executivos dessas empresas sejam brasileiros e residam no País. "Se assim é como admitir que o concessionário da Rede Record de Rádio e Televisão esteja morando definitivamente fora do País?", questiona o ex-deputado.
"Como ficam suas obrigações constitucionais, na medida em que é concessionário de exploração de serviço público de rádio e de TV? Não poderia ter as concessões cassadas?", questiona Jazadji
Especulação
A direção da Record não se manifestou sobre o inquérito federal. "Não temos ciência do teor do mesmo", observou a emissora, por meio de sua assessoria de imprensa.
"A compra da Record foi investigada várias vezes e não há mais o que ser investigado. Se o assunto é esse não passa de especulação e configura no linguajar jurídico "bis in idem", isto é, investigar o que já foi investigado, de forma que o inquérito não prosperará na forma da lei brasileira, porque já foi tudo investigado em outro inquérito. Se for outro assunto não podemos opinar porque não tomamos ciência do mesmo ainda, sendo assim como opinar sobre o que não se conhece?"
O bispo Edir Macedo, a Universal e o advogado Rodrigo Pereira Adriano também não quiseram se pronunciar sobre a investigação da PF. Segundo a assessoria da Igreja, Macedo "ainda não foi notificado sobre o inquérito".
(Do Portal do Estadão)
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial