A noite dos longos punhais
Flávio Aguiar - de Agência Carta Maior
Na noite de 12 para 13 de dezembro houve um festival de punhaladas no Senado Federal. Ninguém morreu com a CPMF, é verdade. Mas houve muitos feridos. Alguns destes nem sabem ainda que foram apunhalados. Vão descobrir quando bailarem na curva, como se diz no sul.
Foi uma noite de punhaladas. O debate sobre a CPMF começou ao fim da tarde do dia 12 e terminou na madrugada do dia 13 – dia simbólico, foi o da assinatura do Ato-5, que criou a ditadura dentro da ditadura.Houve punhaladas grosseiras, houve outras sutis, houve algumas muito, muito sutis. Houve também perplexidades. O senador Mão Santa, por exemplo, na tribuna, não conseguiu dizer coisa com coisa. A perplexidade mais eloqüente ficou por conta da expressão de surpresa, desalento e decepção do senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, quando na madrugada chegaram as cartas assinadas, uma pelos ministros da Fazenda e das Relações Institucionais, e a outra pelo próprio presidente Lula, se comprometendo a destinar todos os 40 bilhões anuais do imposto para a saúde. O senador Guerra sempre foi pela negociação, acabou derrotado pela intransigência do senador Artur Virgílio e também a do senador Álvaro Dias no interior do próprio partido.
Foi uma noite de punhaladas. O debate sobre a CPMF começou ao fim da tarde do dia 12 e terminou na madrugada do dia 13 – dia simbólico, foi o da assinatura do Ato-5, que criou a ditadura dentro da ditadura.Houve punhaladas grosseiras, houve outras sutis, houve algumas muito, muito sutis. Houve também perplexidades. O senador Mão Santa, por exemplo, na tribuna, não conseguiu dizer coisa com coisa. A perplexidade mais eloqüente ficou por conta da expressão de surpresa, desalento e decepção do senador Sérgio Guerra, presidente do PSDB, quando na madrugada chegaram as cartas assinadas, uma pelos ministros da Fazenda e das Relações Institucionais, e a outra pelo próprio presidente Lula, se comprometendo a destinar todos os 40 bilhões anuais do imposto para a saúde. O senador Guerra sempre foi pela negociação, acabou derrotado pela intransigência do senador Artur Virgílio e também a do senador Álvaro Dias no interior do próprio partido.
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