Zé Dirceu contesta matéria da Folha de São Paulo
O ex-ministro José Dirceu enviou a seguinte carta ao Painel do Leitor da Folha de São Paulo, hoje 30/1/2008:
"Este jornal, conforme mostrou a reportagem "Banco procurou Dirceu antes da posse em lobby para explorar metal no AM" (Brasil, 26/ 1), decidiu que o empresário Sabino Rabello fez lobby junto a mim quando o recebi. O jornal "denunciou" o "fato" a partir de sua própria conclusão, investigou, converteu-se em um tribunal, julgou-me e condenou-me. Fui procurado pelo empresário Sabino Rabello e o recebi em audiência, registrada em minha agenda pública de ministro. Atendi-o sem deferência especial, como agi sempre, em centenas de audiências que concedi. Solicitei estudos sobre a proposta por ele apresentada, como o fiz em situações idênticas, o que era minha obrigação. A Folha poderia ter se informado sobre o estudo e constataria que o governo não adotou nenhuma providência e não feriu em nada a ética pública ou a legislação. Preferiu, no entanto, o sensacionalismo da manchete "Banco procurou Dirceu antes da posse em lobby para explorar metal no AM". Mais grave ainda é a reportagem associar a outros fatos a minha atividade de consultor e advogado, legal e pública, e que tenho o direito de exercer. Considero da maior gravidade a reportagem insinuar que o Ministério Publico deveria ter me indagado sobre meus atuais clientes. De quais elementos a Folha dispõe para considerar minhas atividades suspeitas e que devem ser investigadas? Na reportagem publicada, não os apontou. Nenhum indício, nenhuma evidência, nenhum fato que justifique esta posição."
JOSÉ DIRCEU, ex-ministro-chefe da Casa Civil (São Paulo, SP)
O outro lado: resposta dos jornalistas Ana Paula Boni e Rubens Valente
- A reportagem reproduziu as declarações dadas à Justiça pelo próprio missivista. Ele e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares fizeram referência à audiência concedida quando Dirceu ainda era deputado federal. A reportagem apenas informou que o missivista não foi indagado sobre seus clientes.
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