Coronel Ustra escreve livro: A Verdade Sufocada
Leia abaixo a apresentação do livro do coronel Brilhante Ustra, acusado de comandar torturas nas dependências do DOI-CODI de São Paulo nos anos 70.
"Comandei o DOI/CODI/II Exército de 29/09/1970 a 23/01/1974, período em que as organizações terroristas atuaram com maior intensidade. Neste livro conto como os Órgãos de Segurança as derrotaram. Na luta armada, lamentavelmente, tivemos cerca de 500 vítimas, de ambos os lados, um número bastante reduzido se o compararmos os demais países da América Latina que, tembém, enfrentaram o terrorismo. Além dos relatos, procuro desfazer mitos, farsas e mentiras divulgadas para manipular a opnião pública e para desacreditar e desmoralizar aqueles que as venceram. Há quarenta anos, em 25/07/1966, a organização terrorista Ação Popular (AP) realizou um atentado no Aeroporto de Guararapes - Recife/PE - que ocasionou duas mortes e treze feridos graves, enre os quais uma criança de seis anos. Esse atentado é considerado o marco inicial da luta armada no Brasil. "
O Blog Politika já publicou anteriormente alguns posts sobre essse cidadão obscuro, que foi acusado de comandar barbaridades contra presos políticos. Agora ele volta numa tentativa, ao que parece, de lavar a sua biografia.
Veja o que Politika publicou:
[Comandante Tibiriçá no banco dos réus.
A lei da anistia foi proclamada ao fim da ditadura militar brasileira. Para quem não sabe, ela teve efeito retroativo a antes de1964, ano do golpe que derrubou João Goulart. Esta retroatividade foi exigência dos militares pois assim anistiava-se também o próprio golpe, seus autores e, portanto, tudo que eles fizeram depois de 1964.
A lei da anistia anistia impedia que fossem impetradas na justiça qualquer ação de caráter criminal para o referido período de abrangência e nos crimes alí tipificados. Mas não restringiu que se impetrasse ações cíveis.
Foi o que fez Maria Amélia de Almeida Teles. Ela entrou no Juizado Civil com a ação para provar que a família - Maria, César, Criméia Almeida e os filhos Janaína e Edson, com 5 e 4 anos à época, foi torturada a mando do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra-o comandante Tibiriçá-(foto) na década de 70, no DOI-Codi paulistano.
Ustra, que foi intimado a depor ontem no Forum do Tribunal de Justiça de São Paulo, não compareceu.
São muitos os que acusam o Coronel Ustra de torturas em presos politicos através de pauladas na cabeça, choques nos genitais, cadeira do dragão, pau-de-arara, sevícias e abusos sexuais.
Será o primeiro militar brasileiro a se sentar no banco dos réus pela prática sistemática de torturas.]
A lei da anistia foi proclamada ao fim da ditadura militar brasileira. Para quem não sabe, ela teve efeito retroativo a antes de1964, ano do golpe que derrubou João Goulart. Esta retroatividade foi exigência dos militares pois assim anistiava-se também o próprio golpe, seus autores e, portanto, tudo que eles fizeram depois de 1964.
A lei da anistia anistia impedia que fossem impetradas na justiça qualquer ação de caráter criminal para o referido período de abrangência e nos crimes alí tipificados. Mas não restringiu que se impetrasse ações cíveis.
Foi o que fez Maria Amélia de Almeida Teles. Ela entrou no Juizado Civil com a ação para provar que a família - Maria, César, Criméia Almeida e os filhos Janaína e Edson, com 5 e 4 anos à época, foi torturada a mando do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra-o comandante Tibiriçá-(foto) na década de 70, no DOI-Codi paulistano.
Ustra, que foi intimado a depor ontem no Forum do Tribunal de Justiça de São Paulo, não compareceu.
São muitos os que acusam o Coronel Ustra de torturas em presos politicos através de pauladas na cabeça, choques nos genitais, cadeira do dragão, pau-de-arara, sevícias e abusos sexuais.
Será o primeiro militar brasileiro a se sentar no banco dos réus pela prática sistemática de torturas.]
[O Grupo Guararapes é ativo, não pára. Agora volta à carga com um manifesto de apoio ao Coronel Ustra, ex-chefe do DOI-Codi na década de 70, acusado de gentilezas com presos políticos do tipo paulada na cabeça, choque elétrico, pau-de-arara e por aí vai. Sinceramente eu nunca imaginei que viveria o suficiente para ler isto. ]
[O jurista e ex-ministro José Carlos Dias publicou na Folha de hoje, 24/11/, o corajoso e sincero artigo Apologia da tortura sobre o jantar de desagravo que amigos, fardados e paisanos, ofereceram ao coronel Brilhant Ustra, o homem de ouro do DOI-CODI dos anos 70. O blog publicou ontem o pronunciamento de apoio do ex-ministro e coronel Jarbas Passarinho durante o referido jantar.
Sem meias palavras, Dias simplesmente diz que a homenagem ao coronel-torturador envergonha o país e emporcalha com o sangue de suas vítimas a farda que deveria honrar.]
Sem meias palavras, Dias simplesmente diz que a homenagem ao coronel-torturador envergonha o país e emporcalha com o sangue de suas vítimas a farda que deveria honrar.]
[“É uma honra excelsa saudar um patriota que a mentira, a difamação e a calúnia, armas dos covardes, intentam retratar como um réprobo”.
(21 de novembro de 2006 – Jarbas Passarinho, coronel de pijama, discursando em um almoço em homenagem ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de torturas na sede do DOI-CODI de SP, nos anos 70)]
Jarbas Passarinho, ministro da ditadura militar foi aquele mesmo que disse:
“Às favas Sr. Presidente, todos os escrúpulos de consciência.”(13 de dezembro de 1968 - , ao assinar o AI5 – Ato Institucional nº 5).
Como se vê, Ustra está bem acompanhado.
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