Programa do Jô volta, tenta falar mal de Chávez e se põe cada vez mais à direita
O Programa do Jô voltou ontem depois de uma temporada de férias. E como era de se esperar, decepcionou. Ou melhor, não decepcionou, voltou mais reacionário.
Jô Soares entrevistou o marido de Ingrid Betancourt, sequestrada pela guerrilha das Farc, o publicitário Juan Carlos Lecompte, que foi acompanhado dos dirigentes do Partido Verde (PV), ao qual Ingrid pertence, na Colômbia.
Supondo que Juan Carlos fosse falar mal de Hugo Chávez e da ação organizada por ele para libertação de outros seis reféns das Farc, Jô Soares já tinha na ponta da língua um rosário de agressões para desfiar contra o presidente venezuelano.
Foi surprendido por Juan Carlos que se desdobrou em elogios a Chávez e sua ação humanitária. Com um sorriso amarelo e cara de sá-mariquinha-cadê-o-frade ao ver seu prévio discurso indo por água abaixo, o apresentador tentou por várias vezes introduzir no contexto da conversa uma frase que desmoralizasse Chávez. Ao perceber que Juan Carlos, educadamente, não cairia naquela armadilha, Jô deseducadamente cortou o entrevistado no meio e começou a conversar com os membros do Partdido Verde, que estavam na platéia.
Ao longo do programa, Jô ignorou por várias vezes os pedidos do marido de Ingrid para que Lula mediasse a libertação de Ingrid.
Juan Carlos ainda tentou, depois de despachado por Jô, dizer que gostaria que o presidente Lula se empenhasse na libertação de sua mulher. Jô disse "eu também" e varejou o convidado.
Já não se sabe mais o que é pior, se Jô ou Arnaldo Jabor. A coluna falada deste último, ontem, no Jornal da Globo, foi de uma abjeção poucas vezes vista na imprensa brasileira.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial