Dilma dá um passeio na oposição
Quem conhece a trajetória política da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, sabe que ela quebra mas não dobra. E não foi outro que não o senador tucano Agripino Maia, vejam só, quem tentou vergá-la. Ou melhor, cutucá-la com um palito de fósforo.
Enquanto Agripino, em 1979, escovado e em punhos de renda, era nomeado pela ditadura para prefeito de Natal, poucos anos antes Dilma estava sendo barbaramente torturada, pendurada num pau-de-arara da polícia política do mesmo regime que o nomeou para a alcaidia.
E foi exatamente ele, Agripino, quem inaugurou a frustrada saraivada que a oposição programou assestar contra Dilma. A arapuca nasceu e morreu aí, batida aos pés da ministra.
O senador Maia disse que Dilma mente como mentiu para a ditadura.
Dilma respondeu assim:
"Eu tinha 19 anos. Eu fiquei três anos na cadeia. E eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar dizer a verdade para interrogador compromete a vida dos seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido, senador. Porque mentir na tortura não é fácil. Na tortura, quem tem coragem e dignidade fala mentira. Isso faz íntegra a minha biografia que eu tenho imenso orgulho."
A ministra aproveitou para provocar o senador.
"E eu acredito, senador, que nós estávamos em momentos diferentes da nossa vida em 70", disse.
O senador Agripino Maia baixou a cabeça, catou os cacos e recolheu-se à sua humilhante biografia.
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