Negócio da China.
No início do século XX muitas cabeças rolaram no pega-prá-capar entre os mencheviques e os bolcheviques, na velha Rússia pós-revolucionária. Vitoriosos, os bolcheviques entendiam mais ou menos que o socialismo deveria ter seus próprios caminhos e que assim o capitalismo, por si só, vítima do tempo, apodreceria. Erraram.
Os mencheviques, vencidos, proscritos e largados para lá, defendiam que o socialismo só seria possível se medrasse no seio das contradições do capitalismo e de dentro deste renasceria puro e belo. Algo como tentar fazer um filho numa mulher de 90 anos. Não sabemos se daria certo...
Hoje, 16 março de 2007, século XXI, quase um século depois da grande revolução de 1917, tomamos uma cotovelada na gengiva. A Assembléia Popular da China aprova a propriedade privada no seu sentido mais literal e real.
O novo regime chinês, de Xiao Ping, que faz o país crescer a taxas inacreditáveis, adota um capitalismo novo, um capitalismo de salários de 10 dólares mensais.
E parece querer nos provar que nem mencheviques nem bolcheviques sabiam das coisas e que o caminho mais curto para se chegar ao capitalismo é o comunismo.
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