Veja joga mais uma bomba no colo de Renan
O presidente do Senado, Renan Calheiros, usou laranjas e pagou 1,3 milhão de reais em dinheiro vivo, parte em dólares, para virar sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas.
O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), informou neste sábado que vai dar prosseguimento às investigações sobre as últimas denúncias envolvendo o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Reportagem desta semana da revista "Veja" informa que Renan é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. Ele teria usado laranjas e pago R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para virar sócio de duas emissoras de rádio em Alagoas, que valem cerca de R$ 2,5 milhões.
Segundo a reportagem, o peemedebista, até dois anos atrás, também foi sócio de um jornal diário cujo valor é de R$ 3 milhões.
A assessoria de Tuma informou que o corregedor classificou as novas denúncias como "gravíssimas". O democrata está em Montevidéu (Uruguai), mas retorna ao Brasil na terça-feira.
O presidente do Senado, procurado pela "Veja", não quis se manifestar sobre a reportagem desta semana.
Investigado
Por iniciativa do PSOL, o presidente do Senado já está sendo investigado pelo Conselho de Ética da Casa por supostamente ter utilizado recursos da empresa Mendes Júnior, via lobista, para pagar despesas pessoais como pensão alimentícia e aluguel à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.
Agora, em nova representação, o partido pede ao Conselho de Ética que investigue Renan também por supostamente beneficiar a empresa Schincariol em negociações com o INSS, além das acusações de que ele teria grilado terras em Alagoas numa parceria com o irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL).
A Schincariol comprou uma fábrica do irmão de Renan, em Murici (AL), por um preço acima da média do mercado. O senador é acusado de, meses depois, ter atuado junto ao INSS para beneficiar a empresa para reverter dívidas fiscais.
O Conselho de Ética do Senado vai esperar a conclusão da perícia nos documentos de Renan pela Polícia Federal para convidar o presidente do Senado a prestar esclarecimentos ao órgão.
A PF investiga a autenticidade de notas fiscais e outros documentos apresentados pelo senador para comprovar sua renda financeira, além da evolução patrimonial de Renan entre 2002 e 2006 --período em que teria utilizado dinheiro da empreiteira para o pagamento da pensão.
Autor de duas representações contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o PSOL vai examinar na próxima semana se também pedirá ao Conselho de Ética da Casa que investigue a denúncia da revista Veja de que o parlamentar é dono oculto de duas emissoras de rádio em Alagoas. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) confirmou que o partido vai discutir o assunto, que pode complicar ainda mais a situação do presidente do Senado, ameaçado de perder o mandato pela suspeita de ter permitido que a empreiteira Mendes Júnior pagasse despesas pessoais suas.
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