Como Hollywood fabrica os árabes
Durante a Segunda Grande Guerra as publicações norte-americanas tratavam de caluniar, enlamear e ridicularizar a cultura japonesa, dizendo que sua escrita era um deslavada palhaçada sem sentido, os japoneses um povo sanguinário, estúpido e selvagem que comia peixe cru, que não tomava banho, que os pais espancavam os filhos e tratavam suas esposas como escravas.
Essa técnica de menosprezo se alastrava por todos os meios de comunicação e Hollywood sempre esteve instrumentalizada para dar o ar de verdade, com a poderosa indústria do cinema, àquilo que interessava à saga bélica.
Não menos diferente ocorre ha muitos anos em relação aos povos árabes.
Um documentário recentemente lançado, sem título no Brasil, mas traduzível por "Como Hollywood calunia um povo" mostra com todas as letras como o cinema americano procura mostrar beduinos como bandidos, as mulheres árabes como submissas, devassas e venais e os sheiks como assassinos e terroristas sinistros.
Tais estereótipos visam, é claro, neutralizar, acomodar e sossegar o espírito crítico do povo americano enquanto o Estado assim, justifica sua ação terrorista contra esse povo.
As fotos bestiais dos prisioneiros iraquianos sendo pisoteados e ameaçados nus por cães em Abu Graib parecem não produzir nenhuma indiganação, nenhum efeito, no americano médio.
Veja o trailler do documentário, que foi baseado no livro do respeitável crítico e professor Dr. Jack G. Shaheen, e que tem como título original Reel Bad Arabs: How Hollywood Vilifies a People.
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