Governo topa CPI dos cartões corporativos, incluindo governo FHC. Aí começou a choradeira.
Na quarta, já na sessão de abertura dos trabalhos do Congresso, Jucá circulava no plenário, buscando apoio de colegas para o pedido de CPI para apuração de “eventuais irregularidades” no uso de “suprimentos de fundos”, incluindo contas bancárias, cartões de pagamento e saques em espécie. A menção aos “suprimentos de fundos” foi necessária porque o cartão corporativo só foi criado em 2001.
“Queremos comparar a série histórica dos últimos 10 anos para discutir os gastos públicos”, afirmou Jucá, que também foi líder do governo FHC. “Vamos mostrar que as tapiocas são iguais: só muda o gosto”, ironizou, referindo-se à compra de R$ 8,30 com cartão feita pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, em uma tapiocaria.
Ao saber que a investigação incluía o governo FHC, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), informou em nota que entrará no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação para que o governo informe seu gasto em cartão corporativo quando foi secretário-geral da Presidência de FHC e “outra para que sejam abertas todas as despesas efetuadas em cartões corporativos”. Ele acusou o governo de querer transformar a CPI em pizza. “O PSDB não compactuará com nenhuma tentativa de setores governistas de, pretensamente antecipando-se às oposições, propor CPI para transformar em pizza uma investigação sobre o escândalo dos cartões”, afirmou na nota.
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