Não pode haver um substituto para Fidel.
"Não apenas por suas qualidades como líder, mas porque as circunstâncias históricas nunca serão as mesmas. Fidel presenciou tudo desde a revolução cubana até a queda da União Soviética, e décadas de confronto com os Estados Unidos. O fato dele se afastar em vida irá ajudar a assegurar uma transição em paz. O povo cubano agora aceita que o país ainda pode ser conduzido no mesmo caminho, mas por um time diferente. Há um ano e meio, eles estão se acostumando com a idéia, enquanto Fidel permaneceu teoricamente como presidente. Como sempre, Fidel era o mentor.
A coisa mais surpreendente que eu achei sobre esse homem, em mais de cem horas que passamos juntos em conversas para a compilação de sua memória, foi o quanto ele era modesto, humano, discreto e respeitoso. Ele tem uma enorme moral e senso ético. Ele é um homem de princípios rigorosos e existência sóbria."
Ignácio Ramonet
(Ignácio Ramonet - Diretor do jornal francês Le Monde Diplomatique, faz parte da coordenação internacional do Fórum Social Mundial e é autor do livro Biografia a Duas Vozes, pela Editora Boitempo.)
1 Comentários:
"modesto, humano, discreto e respeitoso". Essa imagem é radicalmente diferente da que tentam transmitir os líderes ocidentais, que no fundo nunca se deram ao trabalho de conhecer Fidel Castro.
Ninguém é eterno nem insubstituível, todos sabemos. Mas Fidel vai fazer falta ao seu povo. Quem conseguirá tão bem preservar a unidade de Cuba e a soberania desta ilha castigada por tão injusto embargo e por tanto preconceito em relação ao seu líder.
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