Comandante Tibiriçá no banco dos réus.
A lei da anistia foi proclamada ao fim da ditadura militar brasileira. Para quem não sabe, ela teve efeito retroativo a antes de1964, ano do golpe que derrubou João Goulart. Esta retroatividade foi exigência dos militares pois assim anistiava-se também o próprio golpe, seus autores e, portanto, tudo que eles fizeram depois de 1964.
A lei da anistia anistia impedia que fossem impetradas na justiça qualquer ação de caráter criminal para o referido período de abrangência e nos crimes alí tipificados. Mas não restringiu que se impetrasse ações cíveis.
Foi o que fez Maria Amélia de Almeida Teles. Ela entrou no Juizado Civil com a ação para provar que a família - Maria, César, Criméia Almeida e os filhos Janaína e Edson, com 5 e 4 anos à época, foi torturada a mando do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra-o comandante Tibiriçá-(foto) na década de 70, no DOI-Codi paulistano.
Ustra, que foi intimado a depor ontem no Forum do Tribunal de Justiça de São Paulo, não compareceu.
São muitos os que acusam o Coronel Ustra de torturas em presos politicos através de pauladas na cabeça, choques nos genitais, cadeira do dragão, pau-de-arara, sevícias e abusos sexuais.
Será o primeiro militar brasileiro a se sentar no banco dos réus pela prática sistemática de torturas.
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