São Paulo, cidade homicida
A cidade de São Paulo guarda sombrias estatísticas. A cada dia, 500 novos veículos são jogados nas ruas sem que ninguém tente regular essa invasão macabra que destrói a já depauperada qualidade de vida. Os veículos em circulação fazem, por atropelamento, cerca de 4 mil vítimas fatais por ano. Comparativamente, isso equivale a 20 airbus da TAM, quase dois por mês. Por problemas respiratórios provocados pela fumaça dos automóveis, ônibus e caminhões são mortas duas pessoas por dia, 700 por ano. Mais três airbus.
Para tentar mostrar este quadro negro e conscientizar a população de que a cidade será brevemente aniquilada, o empresário Oded Grajew está liderando um movimento para o dia 22 de setembro, chamado "Dia Mundial sem carro". Ele apela para que nesse dia todos tentem se movimentar de alguma maneira que não de carro.
Ele sabe que isso não resolverá o problema, mas sugere a parada estratégica para que todos, cidadãos e autoridades, pensem rapidamente numa saída para a cidade que mata e morre.
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