Ligações perigosas do delegado Edmilson.

A Folha de São Paulo ( assinantes ) de hoje, 2/11, na página A8-Brasil publica uma matéria intitulada "Bastos quis controlar dossiê, diz delegado".

O delegado em questão é Edmilson Bruno, aquele que distribuiu as fotos do dinheiro do dossiê para jornalistas, recomendando que teria que sair tudo no Jornal Nacional, conforme gravaçao publicada em:http://conversa-afiada.ig.com.br/materias/395001-395500/395126/395126_1.html.

A matéria da Folha faz referência a uma carta que Edmilson Bruno enviou para um "suposto vidente".

A Folha não disse mas o blog POLITIKA apurou que a carta tem 11 páginas e nela Edmilson dá a sua versão para os fatos que culminaram com a acusação de indiscreto, bisbilhoteiro e meio confuso que recaíram sobre si, além de, evidentemente uma investigação administrativa pela própria PF e a abertura de alguns inquéritos criminais.

A Folha de São Paulo omitiu também, na matéria, que esse "advinho" é um tal de Jucelino Nóbrega da Luz. O cara fez uma deslavada campanha para Alckmin em seu site. Garantiu ter tido sonhos premonitórios em que o tucano ganhava as eleições, pois era um salvador enviado dos céus; nos sonhos somente Geraldo poderia livrar o Brasil da desgraça e da degradação absoluta representada por um segundo governo Lula. E ainda adiantou o percentual da vitória pressagiada: 64%!

Já acordado do sono premonitório, Jucelino diz: "POVO BRASILEIRO, VAMOS ACORDAR E NOS MOBILIZAR EM PROL DA ÈTICA E MORALIDADE NO PAÌS, NÃO VOTANDO NAQUELES POLÌTICOS QUE APÒIAM O GOVERNO LULA!"

Que relação é esta que o delegado Edmilson tem com esse Jucelino a ponto de escrever-lhe uma carta íntima de desabafo?

De onde vem este grau de intimidade?

Será coincidência o fato de Jucelino fazer campanha para Alckmin e o delegado ter distribuído as fotos que prejudicaram a campanha de Lula?

Como era de esperar o sonho premonitório de Jucelino fez água. Ele interpretou o fracasso com as seguintes palavras:

"Diante do quadro político nacional que se apresenta, esclareço que a atual conjuntura da sucessão presidencial, não abala de nenhuma forma minha atuação na condição de premonitor ou paranormal, como costumam denominar-me, uma vez que os estudos científicos baseados na Parapsicologia revelam que um índice de acertos de cerca de 7% (sete por cento) já é suficiente para creditar-se um elevado grau de paranormalidade , e o que dizer quando o premonitor acerta aproximadamente 90%(noventa por cento) de suas previsões, como é o meu caso!"[sic]

O colunista Carlos Paiva, do jornal de Uberaba, dá a dica certa sobre quem é Jucelino, que de vidente parece não ter nada. Clique para ler...

O risco que corre o pau, corre o machado.

Leia abaixo troca de e-mails entre o colunista da revista Veja Diogo Mainardi e Marco Aurélio Garcia, presidente do PT.

Diogo Mainardi:
Prezado Marco Aurélio Garcia,
Eu gostaria de entrevistá-lo por cerca de quatro minutos para um podcast da Veja. O assunto é a imprensa. Eu me comprometo a não cortar a entrevista. Ela será apresentada integralmente.
Muito obrigado, Diogo Mainardi

Marco Aurélio Garcia
Sr. Diogo Mainardi,
Há alguns anos - da data não me lembro - o senhor dedicou-me uma coluna com fortes críticas.
Minha resposta não foi publicada pela VEJA, mas sim, sua resposta à minha resposta que, aliás, foi republicada em um de seus livros.
Desde então decidi não mais falar com sua revista.
Seu sintomático compromisso em não cortar minhas declarações não é confiável.
Meu infinito apreço pela liberdade de imprensa não vai ao ponto de conceder-lhe uma entrevista.
Marco Aurélio Garcia.

Pau na imprensa.

A onda de protestos contra a postura que a grande imprensa brasileira teve nos dois turnos das últimas eleiçoes continua crescendo e, pelo jeito, não acabará tão cedo. Só no primeiro caderno de hoje da Folha de São Paulo foram 13 matérias sobre o assunto, além de ter ocupado toda a coluna Painel do Leitor. São incontáveis os e-mails de conhecidos e desconhecidos que recebemos informando o cancelamento de assinaturas e até mesmo a compra diária, nas bancas, de diversos jornais e revistas.

Bem, pelo menos esta forma de protesto é mais recomendável do que a que o Brasil assistiu em 1954, quando do suicídio de Vargas. Naquela época o povo revoltado com a desonestidade e insolência da imprensa saiu às ruas apedrejando e tocando fogo nos carros e nas redações do O Globo e da Tribuna da Imprensa, de Carlos Lacerda.

Opus Dei** confessa o apoio a Alckmin

ALTAMIRO BORGES

Em artigo publicado no Jornal do Brasil nesta terça-feira[passada], dia 24, o advogado tributarista Ives Gandra Martins assume abertamente o apoio à candidatura Geraldo Alckmin, mas já visualiza a sua derrota para Lula e procura traçar os possíveis cenários do próximo governo. Para quem não o conhece, Ives Gandra*, que circula com desenvoltura nas esferas de poder e possui generosa exposição na mídia, é o principal supernumerário do Opus Dei no Brasil. Ele foi um dos primeiros brasileiros a ingressar nesta seita religiosa ultra-conservadora e é considerado o seu porta-vozes mais influente na política nacional.Clique, para ler o artigo inteiro.

(*Ives Gandra Martins é irmão do pianista malufista João Carlos Martins, dono da empresa Pau Brasil que foi denunciada pelo Ministério Público por envolvimento com a empresa Vega Sopave no rôlo da coleta de lixo em São Paulo, na administração de Paulo Maluf )

(**Para saber um pouco mais sobre a Opus Dei, clique aqui)

Aos 98, Niemeyer vai se casar com a secretária.

O arquiteto Oscar Niemeyer vai se casar com sua secretária Vera Lúcia Cabreira, de 60 anos. O casamento será realizado tão logo ele acabe de se recuperar de uma fratura no quadril, fruto de uma queda em casa quando tropeçou na beirada de um tapete. Niemeyer, que é considerado um dos mais importantes arquitetos de nosso tempo é viúvo desde 2004 de Annita Baldo com quem se casou aos 21 anos e permaneceu casado por 76 anos. Deste casamento Oscar teve uma filha, Ana Maria, que se disse surpresa com a notícia do casamento do pai, que não comunicou nada à família.

Vera Lúcia, a noiva, também é viúva e secretária do arquiteto desde 1992.

Os médicos do arquiteto disseram que sua recuperação é excepcional e já até o liberaram para fumar seus inseparáveis charutos, beber vinho no jantar e trabalhar

Niemeyer tem cinco netos, 13 bisnetos e 5 trinetos e, pelo jeito, muita disposição para aumentar a prole.

Ainda Emir Sader

Pode um juiz condenar um "réu" a continuar a praticar os seus "crimes"?

Vejamos...

Não fosse absurda, há um aspecto engraçado na sentença do juiz que condenou Sader. Ele determinou que o "réu" cumpra sua pena prestando serviços à comunidade. Pelo pouquíssimo que conheço do cientista político, ele não fez outra coisa na vida. É como tomar a medicina como um crime e condenar um médico a praticá-la. E, pelo "crime" que o juiz entendeu ter Sader praticado, a autoridade não levou em conta que escrever um artigo repudiando publicamente uma atitude semelhante à de Bornhausen, também já é um serviço comunitário.

Quer dizer, Sader foi condenado, por sentenca, a fazer o que sempre fez, que inclui escrever o que escreveu.

Em última instância a sentença recebida equivale a condenar o "réu" a continuar a cometer o mesmo "crime".

Assim, ao mesmo tempo em que cometeu o "crime" ele já estaria automaticamente cumprindo a pena a que foi sentenciado.

Fica aqui a sugestão para a defesa de Sader: pleitear ao juiz que o "réu" cumpra sua pena escrevendo mais artigos contra Bornhausen.

Intelectuais lançam manifesto contra a condenação de Emir Sader

Intelectuais brasileiros lançaram nesta quarta-feira (1º) um manifesto de “veemente repúdio” contra a condenação despropositada do professor Emir Sader, por este ter escrito um artigo em que criticou declarações que chamou de preconceituosas e “racistas” do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC).
No manifesto, que é encabeçado por Antonio Cândido e está aberto a adesões, os abaixo-assinados classificam a decisão judicial como um ataque ao direito de livre-expressão e à autonomia universitária – já que o juiz também determinou a demissão de Sader da universidade pública em que dá aulas.
“Ao impor a pena de prisão e a perda do emprego conquistado por concurso público, é um recado a todos os que não se silenciam diante das injustiças”, diz o texto.

Leia abaixo a íntegra do manifesto:

A sentença do juiz Rodrigo César Muller Valente, da 11ª Vara Criminal de São Paulo, que condena o professor Emir Sader por injúria no processo movido pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), é um despropósito: transforma o agressor em vítima e o defensor dos agredidos em réu.

O senador moveu processo judicial por injúria, calúnia e difamação em virtude de artigo publicado no site Carta Maior (http://cartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=2171), no qual Emir Sader reagiu às declarações em que Bornhausen se referiu ao PT como uma "raça que deve ficar extinta por 30 anos".

Na sua sentença, o juiz condena o sociólogo "à pena de um ano de detenção, em regime inicial aberto, substituída (...) por pena restritiva de direitos, consistente em prestação de serviços à comunidade ou entidade pública, pelo mesmo prazo de um ano, em jornadas semanais não inferiores a oito horas, a ser individualizada em posterior fase de execução".

O juiz ainda determina: “(...) considerando que o querelante valeu-se da condição de professor de universidade pública deste Estado para praticar o crime, como expressamente faz constar no texto publicado, inequivocamente violou dever para com a Administração Pública, motivo pelo qual aplico como efeito secundário da sentença a perda do cargo ou função pública e determino a comunicação ao respectivo órgão público em que estiver lotado e condenado, ao trânsito em julgado”.

Numa total inversão de valores, o que se quer com uma condenação como essa é impedir o direito de livre-expressão, numa ação que visa intimidar e criminalizar o pensamento crítico. É também uma ameaça à autonomia universitária, que assegura que essa instituição é um espaço público de livre pensamento. Ao impor a pena de prisão e a perda do emprego conquistado por concurso público, é um recado a todos os que não se silenciam diante das injustiças.

Nós, abaixo-assinados, manifestamos nosso mais veemente repúdio.

(Os que desejarem assinar, favor enviar e-mail para solidariedadeaemirsader@hotmail.com).

Antonio Candido
Flávio Aguiar
Francisco Alambert
Sandra Guardini Vasconcelos
Nelson Schapochnik
Gilberto Maringoni
Ivana Jinkings
Joao pedro stedile
Fernando Morais