10 outubro 2007
QUEM MANDA NO DENARC?
. O repórter César Tralli revelou no Jornal Nacional desta terça-feira, dia 09, que policiais do Denarc – a delegacia para combater (?) o narco-tráfico – receberam US$ 220 mil para soltar o piloto do super-narco-traficante Juan Carlos Abadía.
. Os policiais (?) do Denarc seqüestraram o piloto e disseram que só o soltariam depois de receber a grana.
. Os policiais (?) do Denarc seqüestraram o piloto e disseram que só o soltariam depois de receber a grana.
Paulo Coelho na Feira de Frankfurt: 100 milhões de livros
Feira de Livros de Frankfurt, a maior do mundo, está homenageando o escritor brasileiro Paulo Coelho, que completa a marca de 100 milhões de livros vendidos.
Oficialmente a feira anuncia também o lançamento para breve da biografia oficial de Coelho, escrita pelo jornalista e escritor Fernando Morais. Clique sobre a imagem para ler o texto.
Oficialmente a feira anuncia também o lançamento para breve da biografia oficial de Coelho, escrita pelo jornalista e escritor Fernando Morais. Clique sobre a imagem para ler o texto.
PPP: Concessionária OHL faturou 5 dos 7 lotes leiloados; consórcio BRVias e Acciona levaram lotes restantes.
A concessionária de rodovias OHL dominou nesta terça-feira (9), na Bolsa de Valores de São Paulo, o leilão de sete trechos de rodovias federais. O grupo espanhol arrematou cinco lotes, incluindo os dois principais: a Régis Bittencourt e a Fernão Dias.
O último lote conquistado pela OHL foi o trecho de 412,7 km da BR-116, entre Curitiba e a divisa do Paraná com Santa Catarina. O grupo pretende instalar cinco praças de pedágio no percurso, sendo que cada uma poderá cobrar, no máximo, R$ 2,54.
O último lote conquistado pela OHL foi o trecho de 412,7 km da BR-116, entre Curitiba e a divisa do Paraná com Santa Catarina. O grupo pretende instalar cinco praças de pedágio no percurso, sendo que cada uma poderá cobrar, no máximo, R$ 2,54.
Capelão da ditadura argentina é condenado à prisão perpétua
O ex-capelão da polícia Christian Von Wernich foi condenado nesta terça-feira (9) à prisão perpétua por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura militar na Argentina. Von Wernich, de 69 anos, foi considerado culpado de sete homicídios, 31 casos de tortura e 42 seqüestros, no primeiro julgamento contra um padre ligado a uma ditadura da América Latina. O sacerdote escutou a sentença com um semblante imperturbável, diante do tribunal na cidade de La Plata, 60 km ao sul de Buenos Aires.
O cardeal primaz da Argentina, Jorge Bergoglio, disse que a Igreja ficou "comovida pela dor que nos causa a participação de um sacerdote em delitos gravíssimos". "Acreditamos que os passos que a Justiça dá no esclarecimento destes fatos devem servir para renovar os esforços de todos os cidadãos no caminho da reconciliação e são um apelo contra a impunidade, o ódio e o rancor", disse a cúpula eclesiástica. A decisão foi festejada por centenas de manifestantes de organismos de defesa dos direitos humanos e membros de partidos políticos, que cantaram e soltaram fogos, além de queimar um boneco de Von Wernich. "Se fez justiça! É um dia histórico que jamais as Mães da Praça de Maio pensaram em viver. É algo muito forte!", disse Tati Almeyda, uma das líderes da organização humanitária. Eduardo Luis Duhalde, secretário de Estado dos Direitos Humanos do governo de Néstor Kirchner, destacou que é preciso "seguir condenando todos os culpados pela repressão ilegal".
Demoníacos
Antes de escutar a sentença, o ex-capelão da polícia chamou de demoníacos os sobreviventes dos campos clandestinos da ditadura que testemunharam contra ele: "O falso testemunho é o demônio, porque está emprenhado de malícia". Von Wernich se comparou a Jesus Cristo ao dizer em sua defesa que o iniciador do cristianismo "teve um julgamento apoiado pelo povo, as pessoas pediram que Ele fosse crucificado, mas depois ressuscitou". Um alarme falso de ameaça de bomba no tribunal fez com que a sala fosse evacuada, quando todos esperavam pela sentença. Membros do corpo de bombeiros revistaram o tribunal enquanto dezenas de pessoas aguardavam no pátio externo da corte. No final, nada foi encontrado.
Acusações
O ex-capelão era acusado de co-autoria nos homicídios de Domingo Moncalvillo, María del Carmen Morettini, Cecilia Idiart, María Magdalena Mainer, Pablo Mainer, Liliana Galarza e Nilda Salomone, todos seqüestrados pela repressão. Von Wernich era acusado ainda de torturar o falecido jornalista Jacobo Timerman, fundador e diretor do jornal La Opinión, na década de 70. Como capelão da polícia, Von Wernich atuou em centros clandestinos de extermínio na província de Buenos Aires, sob o comando do falecido general Ramón Camps, considerado pelos organismos humanitários como o senhor da morte durante a ditadura militar. "Von Wernich não teve escrúpulos em utilizar sua condição de padre para colaborar com a repressão. Fazia parte de um conhecido grupo de torturadores como agente de inteligência e tinha a batina suja de sangue", disse durante o julgamento o advogado Alejo Ramos Padilla, contratado pela família Timerman para ajudar a promotoria. A ditadura argentina durou de 1976 a 1983 e neste período mais de 30.000 pessoas desapareceram. Von Wernich foi preso em 2003, depois da anulação das leis de anistia na Argentina.
O cardeal primaz da Argentina, Jorge Bergoglio, disse que a Igreja ficou "comovida pela dor que nos causa a participação de um sacerdote em delitos gravíssimos". "Acreditamos que os passos que a Justiça dá no esclarecimento destes fatos devem servir para renovar os esforços de todos os cidadãos no caminho da reconciliação e são um apelo contra a impunidade, o ódio e o rancor", disse a cúpula eclesiástica. A decisão foi festejada por centenas de manifestantes de organismos de defesa dos direitos humanos e membros de partidos políticos, que cantaram e soltaram fogos, além de queimar um boneco de Von Wernich. "Se fez justiça! É um dia histórico que jamais as Mães da Praça de Maio pensaram em viver. É algo muito forte!", disse Tati Almeyda, uma das líderes da organização humanitária. Eduardo Luis Duhalde, secretário de Estado dos Direitos Humanos do governo de Néstor Kirchner, destacou que é preciso "seguir condenando todos os culpados pela repressão ilegal".
Demoníacos
Antes de escutar a sentença, o ex-capelão da polícia chamou de demoníacos os sobreviventes dos campos clandestinos da ditadura que testemunharam contra ele: "O falso testemunho é o demônio, porque está emprenhado de malícia". Von Wernich se comparou a Jesus Cristo ao dizer em sua defesa que o iniciador do cristianismo "teve um julgamento apoiado pelo povo, as pessoas pediram que Ele fosse crucificado, mas depois ressuscitou". Um alarme falso de ameaça de bomba no tribunal fez com que a sala fosse evacuada, quando todos esperavam pela sentença. Membros do corpo de bombeiros revistaram o tribunal enquanto dezenas de pessoas aguardavam no pátio externo da corte. No final, nada foi encontrado.
Acusações
O ex-capelão era acusado de co-autoria nos homicídios de Domingo Moncalvillo, María del Carmen Morettini, Cecilia Idiart, María Magdalena Mainer, Pablo Mainer, Liliana Galarza e Nilda Salomone, todos seqüestrados pela repressão. Von Wernich era acusado ainda de torturar o falecido jornalista Jacobo Timerman, fundador e diretor do jornal La Opinión, na década de 70. Como capelão da polícia, Von Wernich atuou em centros clandestinos de extermínio na província de Buenos Aires, sob o comando do falecido general Ramón Camps, considerado pelos organismos humanitários como o senhor da morte durante a ditadura militar. "Von Wernich não teve escrúpulos em utilizar sua condição de padre para colaborar com a repressão. Fazia parte de um conhecido grupo de torturadores como agente de inteligência e tinha a batina suja de sangue", disse durante o julgamento o advogado Alejo Ramos Padilla, contratado pela família Timerman para ajudar a promotoria. A ditadura argentina durou de 1976 a 1983 e neste período mais de 30.000 pessoas desapareceram. Von Wernich foi preso em 2003, depois da anulação das leis de anistia na Argentina.
Caso de espionagem aumenta crise e senadores pedem saída de Renan
Presidente do Senado chegou a cassar direito de voz de Demóstenes e se irritou com Mercadante
Isolado, sem apoio nem mesmo de sua tropa de choque, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentou ontem a mais tensa sessão desde o início da crise que põe seu mandato em xeque. Confrontado por discursos de senadores que pediram seu afastamento imediato da presidência da Casa, Renan não só reiterou que ficará no posto como frustrou os que esperavam o anúncio da exoneração de seu assessor Francisco Escórcio, acusado de armar um esquema para bisbilhotar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Ficou só na retórica, também, ao se defender da acusação de ter investigado as prestações de contas da verba indenizatória de todos os senadores da Casa, conforme o Estado revelou ontem.
Isolado, sem apoio nem mesmo de sua tropa de choque, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentou ontem a mais tensa sessão desde o início da crise que põe seu mandato em xeque. Confrontado por discursos de senadores que pediram seu afastamento imediato da presidência da Casa, Renan não só reiterou que ficará no posto como frustrou os que esperavam o anúncio da exoneração de seu assessor Francisco Escórcio, acusado de armar um esquema para bisbilhotar os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Ficou só na retórica, também, ao se defender da acusação de ter investigado as prestações de contas da verba indenizatória de todos os senadores da Casa, conforme o Estado revelou ontem.
Fonte: Portal do Estadão
Ombudsman da Folha de São Paulo: o valerioduto é mineiro ou tucano?
Se o mensalão é do PT, o valerioduto é do PSDB; sem equivalência de critério, os petistas aparecem mal, e os tucanos são poupados
A RIGOR, é mineiro e é tucano.
A RIGOR, é mineiro e é tucano.
Mas a resposta depende de outra pergunta: o mensalão é nacional ou petista? Sem dúvida, é tanto nacional como petista.
O que não pode é o mensalão ser nacional e, o valerioduto, tucano. Ou o valerioduto ser mineiro e, o mensalão, petista.
Não se trata de joguete de adjetivos, mas do exercício de um dos pilares do projeto editorial da Folha, o apartidarismo.
Foi o que faltou à Primeira Página do domingo passado, quando a manchete - "Valerioduto de MG pagou juiz eleitoral, afirma PF"- sintetizou uma boa reportagem.
Na chamada, o texto curto que resume as informações das páginas internas, a expressão "mensalão do PT" contrastou com "valerioduto mineiro".
Quem lê "mensalão petista" recebe uma informação correta: o esquema ilícito de pagamento a políticos de vários Estados e outros associados ao governo federal foi tocado a partir de 2003 por dirigentes do PT e próceres da administração -é a opinião do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Já quem lê "valerioduto mineiro" se informa pela metade: o desvio de verbas públicas que alimentaram em 1998 a campanha de reeleição ao governo de Minas do hoje senador Eduardo Azeredo se concentrou no PSDB -conforme inquérito da Polícia Federal.
Portanto, se o mensalão é do PT, o valerioduto é do PSDB. Sem equivalência de critério, empregam-se dois pesos e duas medidas -os petistas aparecem mal, e os tucanos são poupados.
O esquema de repasses por meio de empresas do publicitário Marcos Valério de Souza conheceu seu ápice no primeiro mandato de Lula. Depois se soube de sua gênese na gestão estadual de Azeredo.
O mensalão nacional favoreceu muitos partidos, mas seu núcleo foi petista. Se o valerioduto mineiro beneficiou legendas diversas, desenvolveu-se em torno do tucanato.
Um exemplo de jornalismo crítico e equilibrado foi publicado pela própria Folha, também no último domingo: a reportagem que comparou o mensalão com o valerioduto.Uma contribuição inspirada ao debate sobre a cobertura é o artigo que o ombudsman do IG (e ex da Folha), Mario Vitor Santos, veiculou em seu blog, ancorado no portal.
Fonte: Folha de São Paulo, domingo, 7/10.
Banco do Sul terá aporte de até US$ 500 milhões de cada país
O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse hoje que cada país integrante do Banco do Sul deverá fazer um aporte entre US$ 300 e US$ 500 milhões para a criação da instituição. O ministro disse que os valores e os participantes, porém, ainda não estão definidos. "Eu imagino que cada país poderia começar com algo entre US$ 300 e US$ 500 milhões, que poderiam ser integrados", afirmou. Segundo ele, a decisão da origem montante investido ficará a cargo de cada país.Mantega afirmou que todas as nações da América do Sul serão chamadas para integrar o conselho diretor do banco e que nenhum país será diferenciado dentro do grupo. "Todos terão o mesmo peso.""A forma de integralizar o capital tem que ser facultativa. Cada um definirá se usará tesouro ou reservas. O Brasil não tem intenção de colocar reservas neste primeiro momento. Provavelmente, faremos aporte do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico] porque não é despesa orçamentária e o banco já tem essa finalidade", explicou.Ao dizer que o Banco do Sul é mais um passo para a integração da América do Sul, o ministro defendeu que a instituição seja "séria, auto-suficiente e que conte apenas com seus recursos, não seja tocado com base em subsídios".
Fonte: Folha Online