Neschling, nosso Kapellmeister, e o seu mecenas.
Que John Neschling, regente da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo-OSESP, é um grande profissional ninguém duvida. Mas nem o talento e o salário superam a vaidade e a arrogância do moço. O Blog Politika publicou no fim do ano passado uma nota(clique) que chamava a atenção para uma publicidade da OSESP de página dupla central da Folha de São Paulo. No anúncio milionário, que deveria ser da orquestra, seus músicos, seus talentos, no mínimo da impecável Sala São Paulo, não há uma mísera referência a nada disso. Em ambas as páginas estavam estampadas nada menos, e apenas isto, 10 fotos de John Neschling, em vários ângulos, caras e bocas e até de costas. E nenhuma reles referência aos demais músicos. Não se abriu concessão a uma reles partitura, a um violino, a uma viola da gamba, a um tamborzinho. Só Neschling reinava de cabo a rabo.
Parece que o governador José Serra percebeu o tamanho do ego do maestro e não está disposto a engoli-lo, muito menos o salário de 100 mil reais que ele recebe limpo todo mês debitado do bolso do contribuinte.
Numa entrevista, Neschling desafiou o governador, dizendo que se quiser demiti-lo que o tente.
Tanta segurança do kapellmeister, que o protege e o deixa distante das agruras burguesas, vem do seu mecenas, uma espécie de Príncipe-Eleitor Maximilian III Joseph que nas horas vagas atende pelo nome de FHC.