A grande imprensa não dá bola, mas os blogueiros sim.
Odilon de Oliveira, de 56 anos, estende o colchonete no piso frio da sala, puxa o edredom e prepara-se para dormir ali mesmo, no chão, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados.
Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e, jurado de morte pelo crime organizado, está morando no fórum da cidade.
Só sai quando extremamente necessário, sob forte escolta.
Em um ano, o juiz condenou 114 traficantes a penas, somadas, de 919 anos e 6 meses de cadeia, e ainda confiscou seus bens.
Como os que pôs atrás das grades, ele perdeu a liberdade.
'A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.'
Ele recebeu um carro com blindagem para tiros de fuzil AR-15 e passou a andar escoltado.
Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel.
Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa.
'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.'
É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil.
O jantar é feito ali mesmo.
Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta.
'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'
Para preservar a família, mudou-se para o quartel do Exército e em seguida para um hotel.
Há duas semanas, decidiu transformar o prédio do Fórum Federal em casa.
'No hotel, a escolta chamava muito a atenção e dava despesa para a PF.'
É o único caso de juiz que vive confinado no Brasil.
O jantar é feito ali mesmo.
Entre um processo e outro, toma um suco ou come uma fruta.
'Sozinho, não me arrisco a sair nem na calçada.'