Nos EUA, nem as abelhas suportam mais.
O New York Times de hoje, 24/4, publica um artigo do jornalista Alex Barrionuevo sobre uma das maiores preocupações atuais dos cientistas e biológos norte-americanos que é o colapso que está ocorrendo nas colméias de abelhas em praticamente todo o território americano. Como as abelhas desempenham importante papel na cadeia alimentar pois elas polinizam flores de frutas, amêndoas e outros vegetais, um sério desequilibrio ecológico está ocorrendo a ponto de colocar em risco toda uma pirâmide alimentar que depende delas. O mistério é que as colônias de abelhas estão desaparecendo em um ritmo preocupante e até agora ninguém sabe exatamente o que sucede. Cientistas estão trabalhando de forma sinérgica com várias colméias diferentes em vários pontos do país. Alguns resultados já estão aparecendo, como o que foi detectado por pesquisadores da Columbia University em exemplares de abelhas infectadas cujas colméias estão passando por este processo de stress, e são assustadores: nessas abelhas foi detectada a presença de um tipo de fungo também encontrado em humanos cujos sistemas imunológicos foram afetados pela AIDS ou pelo câncer. A Dra. Diana Cox-Foster, entomologista da Univesidade da Pensilvânia, disse que este fenômeno é extremamente inusual. O Agriculture Department laboratory of North Carolina por sua vez desconfia que as infecções da abelhas podem estar associadas a um tipo de pesticida abolido pela França depois de ter ameaçado as colméias daquele país.
De setembro do ano passado a março deste ano o Bee Alert Technology Inc. já contabilizou que em pelo menos 27 Estados americanos o problema ja apareceu e dizimou 26% das colônias.
Outros estudos estão sendo feitos e as suspeições recaem sobre pesticidas, alimentos geneticamente modificados que alimentaram as abelhas e outros açúcares artificiais. As suspeitas recaem também sobre o grupo químico chamado neonicotinóides usado como defensivo agrícola sistêmico. Este tipo de químico entra no sistema circulatório das plantas e pode contaminar as abelhas pelo simples contato.