Boff fala sobre seu inquisidor, o Cardeal Ratzinger e a Igreja.

A Folha de hoje, 13/5, publica o interessante artigo "Bento 16 e a guerra na igreja "de LEONARDO BOFF, teólogo da libertação e escritor que, em 1985, foi condenado pelo então cardeal Joseph Ratzinger ao "silêncio obsequioso".
Leia um trecho:

"Grupos conservadores, especialmente incrustados na burocracia do Vaticano, conseguiram se articular e organizaram um movimento de restauração, de volta à grande tradição. Este grupo foi enormemente reforçado sob João Paulo 2º, que vinha da resistência polonesa ao marxismo. Chamou como braço direito e principal conselheiro, seu amigo, o teólogo Joseph Ratzinger, elevando-o diretamente ao cardinalato e fazendo-o presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, a ex-Inquisição. "

Para ler o texto integral, clique aqui (para assinantes UOL ou Folha)

O último dia de Bento no Brasil

O Papa Bento XVI começa hoje seu dia às 9 e 15 da manhã em Aparecida Norte e termina às 8 e 15 da noite quando embarca para Roma, depois de 5 dias de muita festa, passeios de papamóvel e da canonização de Frei Galvão, o primeiro santo brasileiro. Além de toda a pregação para a galera, sorrisos e um Português perfeito o que fica mesmo é o retrato de um líder conservador, duro e austero, não apenas um Chefe de Estado, mas o lider de uma religião que está aos cacos. Não é para menos: Bento XVI herda um império em decadência, marcado por denúncias de pedofilia de seus obreiros, inoperante e distante de seu rebanho, fatia preciosa que debanda para as vertentes evangélicas, neo-pentecostais e outros bichos. Como não poderia deixar de ser, Bento reafirmou seu horror à Teologia da Libertação ( ele foi o inquisidor da expulsão de Leonardo Boff ) e garantiu os princípios fundamentalistas da prelazia que ele de fato representa: a Opus Dei. Administrador eficaz e metódico, o atual Papa recebe de João Paulo II uma Igreja sem aquilo que mais a glamurizava: seus mistérios, sua grandiosidade. Depois de participar com seu antecessor da engenharia que pôs fim à União Soviética, Bento XVI reafirma a pior face do conservadorismo cristão, passo seguinte à quebra da coluna vertebral política representada pelos países do leste europeu e coloca a Opus Dei, principal credora da Santa-Sé, no lugar sonhado e arquitetado por José Maria Escrivá de Balaguer, seu criador e também agora santo: o centro do poder no Vaticano e na Igreja. Tempos negros estão por vir.

Canja do Ministro

mog.com

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Goiás confirma Fidel

Tinha razão o presidente Cubano Fidel Castro quando se opôs à produção de etanol no mundo. Logo após a visita de George W. Bush ao Brasil, o lider cubano rapidamente se manifestou dizendo que a fúria do mundo pela produção de etanol proveniente da cana-de-açúcar iria estimular tradicionais produtores de alimentos a redirecionar terras e recursos tecnológicos à produção do combustível. Todo mundo disse que era coisa de comunista velho, doente e encrenqueiro,

Não deu outra. Os produtores de grãos do Estado Goiás, tradicional celeiro brasileiro de milho, soja, arroz e feijão, já direcionam seus capitais, terras e projetos para a produção de cana.

Nos Estados Unidos o etanol é produzido à base de milho, que tem um custo de produção muito mais elevado. Como o clima lá não é propício ao cultivo da cana, os amercianos estão de olho no etanol brasileiro. Some-se a isto a fúria anti-chavista de Bush que quer, até 2012, substituir 16% do consumo interno de petróleo por etanol, já que este percentual equivale à exatamente o que os EUA hoje importam da Venezuela.

Greenpeace e McDonald´s, agora, unha e carne.

Corre a notícia de que o movimento Greenpeace e a rede de fast-food McDonalds, dois gigantes mundiais e eternos inimigos que sempre se engalfinharam e viveram aos murros e pontapés, estão de beijos e abraços numa estranha campanha pela preservação da amazônia. Pelo elevado grau de comprometimento que cada tem com suas próprias causas, esta associação é no mínimo suspeitíssima. Mais ainda quando há poucos dias anunciou-se a venda (veja aqui) de toda a rede McDonald´s da américa latina. Participa da transação o banco do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.