05 outubro 2007
Che Guevara e os mimos da família Civita
por Gilberto Maringoni, Carta Maior.
Dar a patinha, rolar no chão e falar mal de tudo que cheire a povo são as eternas gracinhas da pet shop chamada Veja. Os Civita adoram mascotes. Têm vários.
A humanidade sempre gostou de animais de estimação, mas agora o costume virou moda. Pet shops tomam conta das cidades brasileiras e roupas, brinquedos e alimentos especiais para bichinhos disputam um mercado crescente. Escolas especiais pipocam por toda parte, sofisticando a pedagogia caseira de ensinar mascotes a sentar, dar a patinha ou buscar objetos atirados ao longe. Todos gostam dessas companhias domésticas. Fazem a alegria das crianças.
[...] Os Civita adoram mascotes. Têm vários. Um dos orgulhos de sua casa de negócios atende pelo nome de Diogo. Aliás, são dois os Diogos amestrados daquele – chamemos assim – lar da marginal. Vamos falar de um deles, o Diogo Schelp (tem o Mainardi, mas este fica para outra hora). O Schelp é um espécime reluzente. Dá a patinha, busca o que o dono mandar e não gosta do que os Civita não gostam. Coisa bonita de se ver. Diogo Schelp deve andar aí pela casa dos trinta anos. Tem futuro.
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ASSISTA À HILÁRIA ENTREVISTA DE FHC À BBC.
A afirmação foi feita durante entrevista ao programa de TV Hard Talk, que vai ao ar no canal de notícias internacional BBC World nesta sexta-feira.
Por que todos agora só falam de Myanmar
As imagens de notícias sobre Myanmar, ou melhor, sobre os protestos em curso no país, tiraram aquele Estado asiático de seu isolamento informativo. O crescente interesse de alguns governos ocidentais e dos meios de comunicação não pode passar desapercebido para quem tem acompanhado a complexa situação birmanesa nos últimos anos. Ao visitarmos o país há algum tempo descobrimos parte dessa realidade oculta e esquecida há tanto tempo no Ocidente.
Por Txente Rekondo, no Rebelión*
A sinceridade e a proximidade das pessoas, as dificuldades econômicas de grande parte da população, as medidas repressivas da Junta Militar, a importância do budismo e da comunidade dos monjes budistas (Shanga), a permanente presença das forças armadas (Tatmadaw), o mercado negro de combustíveis, os pagodes... São partes da paisagem birmanesa que alguns só agora parecem descobrir.Por que agora? Chama a atenção esse repentino interesse pelo povo birmanês, abandonado por muitos outros povos, em uma agenda que assinala a cada momento os interesses geoestratégicos, militares e econômicos do Ocidente, sobretudo dos Estados Unidos.É neste contexto que conviria situar a recente declaração de Bush assinalando o regime birmanês, numa clara tentativa de desviar as atenções de seus mais freqüentes fracassos no Iraque e no Afeganistão, e inclusive do braço-de-ferro que mantêm com o Irã.
Duas anedotas sobre a ignorância ocidentalNessa atitude ocidental vale mencionar duas anedotas sobre Myanmar que refletem o desconhecimento do país e denunciam as lágrimas de crocodilo derramadas pela maioria das informações e reações aos acontecimentos dali. Para começar, a própria denominação do fenômeno, batizado de ''revolução açafrão'', numa clara tentativa de vinculá-la às mudanças de regime promovidas por Washington com as chamadas ''revoluções de cores''. A referência ao açafrão estaria ligada à tonalidade das túnicas dos monjes budistas, que se puseram à frente dos atuais protestos. Mas, como já assinalou algum analista que conhece melhor aquelas realidades, ''açafrão'' é a cor vestida pelos monjes dos países vizinhos, enquanto os monjes e monjas de Myanmar se destacam pelo colorido carmim de suas vestes.
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