Estudante flagra CIA, Vaticano e Wal-Mart por trás da Wikipedia
Se a Wikipedia já não era muito confiável, agora passa a não valer nada mesmo. Criada sob o pretexto de ser a maior enciclopédia colaborativa jamais imaginada, onde quem quiser, respeitados certos critérios, pode introduzir verbetes e modificar outros e assim ir enriquecendo-a, mostrou-se agora ser um verdadeiro mico, senão uma farsa total, a serviço único de construir imagens em linha reta de empresas e instituições.
Um estudante norte-americano desmascarou a farsa e com isso certamente jogará a iniciativa colaborativa na lixeira da história. E já vai tarde.
Leia a notícia:
Um novo site construído por um estudante de tecnologia norte-americano desmascarou as técnicas utilizadas por grandes corporações para melhorar suas imagens públicas em verbetes da Wikipedia, a enciclopédia online famosa por qualquer um poder editar. A informação é do Times Online.
O WikiScanner, desenvolvido por Virgil Griffith, um pesquisador do Califórnia Institute of Technology, revela as alterações feitas na enciclopédia online pelo rastreamento dos computadores de onde vieram os posts. O software busca o endereço de IP das máquinas.
Griffith, de 24 anos, criou o site para "piorar as relações públicas de companhias e organizações de que eu não gosto" - um objetivo que ele certamente já alcançou.
Entre as empresas que alteraram os próprios verbetes estão Wal-Mart, a maior rede de supermercados do mundo, AstraZeneca, gigante do ramo de drogarias, Partido Trabalhista britânico, CIA e Vaticano.
O WikiScanner não consegue identificar os indivíduos que alteraram os artigos da Wikipedia. Ele aponta apenas que a edição foi feita por alguém com acesso à rede interna das empresas.
"Tecnicamente, não sabemos se o verbete vem de algum funcionário, mas temos certeza de que foi feito dentro da intranet da companhia", afirma o programador no site.
Muitos outros computadores das mesmas companhias foram rastreados enquanto acrescentavam boas informações a outros verbetes da Wikipedia.
ExxonMobil, a maior petroleira dos Estados Unidos, modificou com má-fé o artigo sobre o desastre do petroleiro Exxon Valdez em 1989. A frase dizendo que a companhia "ainda não pagou os US$ 5 bilhões em danos causados a 32 mil pescadores do Alaska" foi deletada e substituída por referências à quantia que a empresa já pagou.
Outro flagrante tem cunho político. A CIA, agência de inteligência americana, fez alterações na página do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A exclamação "Wahhhhhh!" foi colocada no topo da seção sobre os planos do líder iraniano para a presidência. O sistema de proteção do site excluiu o comentário em minutos.
O Vaticano também fez mudanças nos verbetes relacionados ao líder do movimento político irlandês Sinn Féin, Gerry Adams.
Um estudante norte-americano desmascarou a farsa e com isso certamente jogará a iniciativa colaborativa na lixeira da história. E já vai tarde.
Leia a notícia:
Um novo site construído por um estudante de tecnologia norte-americano desmascarou as técnicas utilizadas por grandes corporações para melhorar suas imagens públicas em verbetes da Wikipedia, a enciclopédia online famosa por qualquer um poder editar. A informação é do Times Online.
O WikiScanner, desenvolvido por Virgil Griffith, um pesquisador do Califórnia Institute of Technology, revela as alterações feitas na enciclopédia online pelo rastreamento dos computadores de onde vieram os posts. O software busca o endereço de IP das máquinas.
Griffith, de 24 anos, criou o site para "piorar as relações públicas de companhias e organizações de que eu não gosto" - um objetivo que ele certamente já alcançou.
Entre as empresas que alteraram os próprios verbetes estão Wal-Mart, a maior rede de supermercados do mundo, AstraZeneca, gigante do ramo de drogarias, Partido Trabalhista britânico, CIA e Vaticano.
O WikiScanner não consegue identificar os indivíduos que alteraram os artigos da Wikipedia. Ele aponta apenas que a edição foi feita por alguém com acesso à rede interna das empresas.
"Tecnicamente, não sabemos se o verbete vem de algum funcionário, mas temos certeza de que foi feito dentro da intranet da companhia", afirma o programador no site.
Muitos outros computadores das mesmas companhias foram rastreados enquanto acrescentavam boas informações a outros verbetes da Wikipedia.
ExxonMobil, a maior petroleira dos Estados Unidos, modificou com má-fé o artigo sobre o desastre do petroleiro Exxon Valdez em 1989. A frase dizendo que a companhia "ainda não pagou os US$ 5 bilhões em danos causados a 32 mil pescadores do Alaska" foi deletada e substituída por referências à quantia que a empresa já pagou.
Outro flagrante tem cunho político. A CIA, agência de inteligência americana, fez alterações na página do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. A exclamação "Wahhhhhh!" foi colocada no topo da seção sobre os planos do líder iraniano para a presidência. O sistema de proteção do site excluiu o comentário em minutos.
O Vaticano também fez mudanças nos verbetes relacionados ao líder do movimento político irlandês Sinn Féin, Gerry Adams.