"Sicko", o dedo na ferida
O mais novo documentário do cineasta norte- americano Michael Moore, "Sicko," é arrasador. No mesmo ritmo dos seus trabalhos anteriores, "Fahrenheit 9/11" e "Tiros em Columbine", em "Sicko" Moore joga por terra o mito do wellfare state americano e mostra sem rodeio que a medicina nos Estados Unidos é um solene fracasso, que só visa lucros e quer que os segurados se danem. A tragédia assume ares de comédia quando Moore sai pelo mundo para saber como o sistema de saúde pública funciona na França, no Canadá e na Inglaterra; finalmente vai à base miltar americana de Guantánamo, em Cuba, pois soube que ali os presos pelo atentado de 9/11 recebem tratamento médico melhor que os bombeiros e voluntários que trabalharam no resgate de vítimas. Das imediações da base militar, de onde saiu quase expulso, Moore leva um grupo de americanos com a saúde dilacerada e rejeitados pelo sistema americano de seguridade para ser tratado em Cuba. O resultado é inacreditável. Só vendo o filme, quando chegar ao Brasil. Se nossos planos de saúde permitirem.