Golpistas da Media Luna boliviana querem que Evo renuncie, e oferecem em troca suas renúncias

Parece piada. E é, e de mau gosto. Como já perceberam que vão perder no referendo revocatório de 10 de agosto e Evo vai ganhar, os golpistas, racistas e separatistas da Media Luna sacaram do colete um quinto ás para tentar vencer o jogo: propõem uma renúncia geral. Eles renunciam aos governos dos departamentos, Evo Morales à presidência da Bolívia e são convocadas novas eleições gerais. Como na Bolívia não existe reeleição, garantem, de quebra, que o “índio de mierda” fique mascando folhas de coca fora do poder.
Estão completamente perdidos. Tarde demais perceberam que caíram numa armadilha preparada pelo “índio” (eles também, como os racistas daqui, acreditam que os mais pobres, menos “educados”, menos “preparados” são inferiores. Basta ler a Carta Aberta de Evo Morales sobre a “diretriz de retorno” da União Européia para perceber que Evo sabe muito bem qual o seu papel na nova ordem mundial). Acuaram Evo de tal forma, contando com o inestimável apoio da embaixada americana e da “grande imprensa” boliviana e mundial, que acabaram por acreditar na mentira que pregavam, a de que a população estava, em sua maioria, contra o presidente boliviano.
Foi aí que Evo partiu para o ataque e propôs que todos os eleitos participassem de um referendo revocatório. Na votação popular, o representante que não conseguisse uma votação superior à obtida quando de sua eleição, perderia o mandato. Confiantes na vitória (e na derrota de Evo) os golpistas apoiaram a medida, que foi aprovada no Senado, que é de oposição ao presidente.
Só agora estão percebendo que caíram numa armadilha. Evo foi eleito por pouco mais de 51% dos votos, e deve ser confirmado com folga. Alguns dos governadores foram eleitos com margem maior e não devem repeti-la agora, com o país dividido. Ou seja: eles achavam que Evo cairia e eles ficariam e somente agora percebem que o que vai acontecer é o contrário.
Por isso esse ato de desespero. Mas o referendo está confirmado para o dia 10 de agosto. Até lá, eles vão tentar de tudo para derrubar o presidente, nem que seja através do magnicídio.

Fonte: Blog do Mello

Campanha de Solidariedade: Uma Rádio para o Timor Leste

“A solidariedade é a ternura entre os povos”

Tomás Borges

O povo brasileiro sempre foi generoso na sua solidariedade para com as grandes causas da humanidade. Ofereceu o general Abreu e Lima na luta pela libertação da Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia do jugo colonialista espanhol.

Mais tarde, dois brasileiros lutaram no exército libertador de José Marti, plantando sangue brasileiro em solo cubano na guerra de libertação contra o Imperialismo Espanhol. .

Mais tarde, muitos de nossos valorosos patriotas estiveram em luta contra o nazi-fascismo. Na Segunda Guerra Mundial. Seguindo esta trilha, temos agora a oportunidade de oferecer nova expressão de solidariedade, desta vez, ao querido povo do Timor Leste, que sofreu o maior genocídio da era moderna, matança que foi silenciada pela trama poderosa dos interesses que tecem a teia da mídia com as mãos sujas do petróleo, tendo como pano de fundo o colonialismo. Timor libertou-se, mas ainda sobre a pesada herança do colonialismo. Com o elevado gesto de heroísmo e tenacidade que ofereceu à história da humanidade, o povo timorense conquistou o direito à independência e merece ajuda dos povos irmãos, como o brasileiro. Agora que o presidente Lula prepara-se para visitar o Timor Leste, no próximo dia 11 de julho, o Comitê Brasiliense de Solidariedade ao Povo do Timor Leste, a TV Comunitária de Brasília e o Sindicato dos Jornalistas de Brasília, queremos, para além da solidariedade que o presidente já estará sinalizando, oferecer uma pequena expressão de nossa vontade de desenvolver relações de fraternidade e de solidariedade para com o povo timorense, através da doação de uma rádio de baixa freqüência, acompanhada de 1 mil CDs de música brasileira e do envio de um jornalista com preparação para ministrar cursos de rádio jornalista naquele país por um determinado período.

A Rádio Brasil, a ser instalada na cidade de Dili, capital timorense, é uma proposta que já havia sido discutida e aceita em duas ocasiões, seja com o líder Xanana Gusmão, e mais recentemente, com o presidente timoresnse José Ramos-Horta, em sua última visita ao Brasil, uma semana antes de sofrer o atentado que quase lhe custou a vida, assim que regressou ao seu país. A Rádio Brasil em Dili seria uma forma concreta de manter permanentemente acesa uma chama de solidariedade concreta através da língua portuguesa, da informação e da cultura, em particular da música. Além do que representaria a participação de entidades da sociedade civil brasileira numa nova modalidade solidariedade, articulando e desenvolvendo pontos concretos já inscritos na política externa brasileira, enfocando especialmente a cooperação, a solidariedade para com os países e povos mais pobres, a busca de um reequilíbrio no panorama econômico internacional marcado por desigualdades abissais e gritantemente crescentes.

Os equipamentos para a montagem da Rádio Brasil no Timor custam aproximadamente de 6 mil reais. Trata-se de uma emissora de baixa potência, de pequeno porte, podendo ser transportada até mesmo no avião presidencial. Pelas dimensões territoriais do Timor, pode ter um alcance muito significativo. Através de uma campanha popular, junto às entidades do movimento de solidariedade, as tvs e rádios comunitárias brasileiras, aos sindicatos de jornalistas, aos intelectuais, aos movimentos sociais, pretendendo arrecadar os recursos para comprar rapidamente os equipamentos e também os 1 CDs, que podem ser doados diretamente ao Comitê de Brasiliense de Solidariedade ao Timor Leste, sediado no Sindicato dos Jornalistas de Brasília. O jornalista e escritor Fernando Morais, autor, entre outros dos livros “A Ilha”. “Olga” e “Chatô”, decidiu doar parcela da venda do seu novo livro “O mago” em Brasília, para a compra dos equipamentos. A Radio Brasil no Timor pode ser o embrião para o desenvolvimento de uma relação de solidariedade cada vez mais ampla e profunda, a exemplo do que já está sendo planejado pelo governo Lula de receber os médicos timorenses formados em Cuba, onde centenas de jovens timorenses já estão estudando, para um estágio junto à Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, antes de retornarem para sua pátria. Estamos seguros que através da língua portuguesa - língua oficial no Timor - do jornalismo, da informação e da música brasileira, estaremos plantando em solo timorense uma expressão da solidariedade brasileira naquele canto do planeta e no coração daquele povo que tanto admira o Brasil, a nossa música, o nosso futebol, a teledramaturgia e a literatura brasileira. Quem sabe este pequeno gesto também sirva para que as nações poderosas, ao invés de espalharem pelo mundo soldados ou as garras de rapina, enviem aos países mais pobres alimentos, médicos, professores, livros, remédios e partilhem a enorme riqueza que acumularam explorando a periferia do mundo?

Comitê de Brasiliense de Solidariedade ao Timor Leste Brasília, 26 de junho de 2008

Participe desta campanha. – Quem quiser fazer a doação em dinheiro pode depositar na conta do Sindicato dos Jornalistas de Brasília, especialmente aberta para a campanha: Banco do Brasil Agência 4037-1 conta 7000-9 Quem preferir fazer a doação de CDs pode enviar por correio ou entregar pessoalmente para os endereços: TV Comunitária de Brasília: SIG, Quadra 2, lote 430 cep 70.610-420 Brasília DF CUT-DF - Setor de Diversões Sul Ed Venâncio V sub-solo, loja 14 CONIC – Brasília DF A arrecadação será limitada ao valor de dez mil reais e os recursos serão empregados na compra dos CDs até atingirmos um total de 1 mil exemplares de nossa música. Maiores informações: 61-33432251 ou 61-3344-5626