20 agosto 2007
Ivete, garota Philips, dedo do Jesus
FOLHA DE S. PAULO - 19/08/2007 - COLUNA DO ELIO GASPARI
Presidente da Philips é declarado persona non grata no Piauí
TERESINA, Piauí - A Assembléia Legislativa do Piauí aprovou nesta segunda-feira, 20, uma moção de repúdio contra o presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo. Ele é considerado persona non grata no Piauí. Na semana passada,Zottolo disse "que se o Piauí deixasse de existir, ninguém ficaria chateado por isso".
O desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho também aprovou uma moção de repúdio na sessão do Tribunal de Justiça contra Zottolo por ele ter execrado o Estado do Piauí.
Para os deputados, houve um desrespeito não só ao Piauí, mas ao País. Eles repudiaram a vinda do executivo da Philips ao Piauí."Espero que ele não venha aqui, nem para pedir perdão", frisou Leal Júnior. "Devíamos apresentar uma ação judicial pedindo uma robusta indenização", complementou.O deputado Leal Júnior (DEM) ainda quer que haja uma indenização, além do perdão pedido por Zottolo.
Zottolo pediu desculpas após as reações indignadas do governador do Estado, Wellington Dias (PT-PI) e de outros políticos da região. Dias aceitou o pedido desde que o executivo se retratasse publicamente, o que foi feito na sexta-feira. As desculpas foram divulgadas em vários órgãos de imprensa em Teresina.
"Venho publicamente esclarecer que jamais tive a intenção de desqualificar o Estado ou seus cidadãos". O episódio para Wellington Dias terminou aí, disse um assessor do governador.
Manifestação
Na última sexta-feira, estudantes organizaram uma manifestação contra os produtos da Phillips no Piauí. Eles quebraram vários aparelhos da marca em praça pública e pediram um boicote a Phillips.
Zottolo explicou ainda que colocou mal a frase: "A analogia foi a de que o desconhecimento que às vezes se tem sobre o Estado faz com que não se saiba avaliar a sua relevância no cenário nacional, suas belezas naturais e riquezas culturais que eu, pessoalmente, conheço e admiro. Reconheço que a frase foi por mim mal colocada e, publicamente, peço desculpas à população do Estado, seus governantes e a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida".
O ato de repudio à Phillips aconteceu no centro de Teresina e estudantes quebraram com pedaços de pau televisores, aparelhos de DVD e micro-sistems da marca, enquanto cantavam o hino do Piauí e mostravam a bandeira do Estado.
Para eles, Zottolo deveria conhecer o Estado e suas belezas naturais, seu povo e não dar declarações estapafúrdias sobre o Piauí. A bandeira da União da Juventude Socialista (UJS), facção jovem do PCdoB, tremulava ao lado da bandeira do Piauí.
Cadeira maldita
O carro do deputado federal Cláudio Diaz (PSDB–RS) foi atingido por um trem na madrugada desta segunda-feira (20). O parlamentar passava pelos trilhos que cruzam a BR-392, na região de Pelotas (RS), quando uma locomotiva acertou a lateral traseira do carro, segundo informações da assessoria dele. O deputado quebrou o braço e permanece internado em observação no Hospital São Francisco de Paula, em Pelotas. De acordo com a assessoria de Diaz, ele passa bem e deve retomar os compromissos políticos a partir da próxima semana. O chefe de gabinete, Carlos Rodolfo Hartman, e a filha do deputado, de 26 anos, também estavam no veículo e sofreram escoriações.
Cláudio Diaz foi eleito como suplente e assumiu a vaga do deputado Júlio Redecker, que morreu no acidente com o avião da TAM, em São Paulo, no dia 17 de julho.
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Para peritos, fortuna de Renan não condiz com renda
BRASÍLIA - A fortuna acumulada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), nos últimos anos não tem amparo nas rendas de parlamentar e pecuarista. A movimentação bancária no período de 2002 a 2006 está acima da renda declarada e o montante a descoberto não tem origem justificada.
Os recibos e notas fiscais apresentados como defesa, muitos emitidos por empresas inidôneas, também não são suficientes para comprovar que Renan faturou R$ 1,9 milhão com a venda de bois no período.
Essas três constatações deverão estar presentes no laudo realizado pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) da Polícia Federal nos documentos apresentados por ele ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, onde ele responde a processo de quebra de decoro.