04 abril 2007
Miss se distrai e bolsa some no Senado
A miss Paraná, Jéssica Pereira, estava ontem no Senado Federal, juntamente com outras tantas misses que participam hoje do concurso miss Brasil 2007, em Brasília.
Jéssica estava em frente ao gabinete do presidente da casa Renan Calheiros. Deixou sua bolsa sobre uma mesinha para cumprimentar um senador. Quando se voltou para pegá-la, poucos segundos após, já era tarde. Tinha sido furtada...
Genoino responde Clóvis Rossi, da Folha.
Não ao prejulgamento de Clovis Rossi
Na edição de 29.03.07, pág. A2 – Opinião –, na sua coluna permanente, Clóvis Rossi, sob o título “A pergunta que falta”, a pretexto de ressaltar a inexistência de uma cultura política no País, que permitisse a um cidadão fazer pergunta embaraçosa a um governante, em programa de TV em horário nobre, como o que teria ocorrido na Espanha na antevéspera desse artigo, faz um alinhavo de fatos impertinentes entre si, prejulga pessoas, condenando-as antes do pronunciamento judicial, insinua que “todo mundo já sabia” o que ele supõe e, enfim, imagina situações.
Leia aqui o texto completo.
Ainda Sobel
OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
HENRY SOBEL - 2
Em qualquer templo
Luiz Garcia
Não se poderia exigir da mídia em geral que tratasse como fato sem importância a prisão do rabino Henry Sobel em Palm Beach, por ter furtado cinco gravatas de lojas caras. Era algo inusitado demais para ser ignorado ou tratado como notícia sem grande importância.
Acontece que a escassez de espaço nas manchetes é cruel. Nos textos das primeiras páginas de sexta-feira [30/4], as notícias sobre o episódio praticamente esconderam dos leitores apressados o dado relevante de que Sobel não é um ladrão barato, mas um homem doente.
Quem teve paciência, leu e soube que o rabino está doente. Não é caso de cleptomania: ele tem tomado além da conta, informaram seus médicos, remédios causadores de "confusão mental e amnésia".
A explicação não impediu que, em cartas de leitores e manifestações em sites variados, o rabino tenha sido denunciado, ridicularizado e humilhado. Obra de quem acha graça nisso - ou tenha aproveitado a oportunidade de uma desforra contra alguém que o Brasil aprendeu a respeitar por seu engajamento na defesa dos direitos humanos durante o regime militar.
Talvez não seja exagero dividir em duas tropas quem hoje encontra razão de troça ou condenação nas atribulações de Sobel, entre quem jamais soube de suas atividades políticas na década de 70 e aqueles que nunca se esqueceram delas. Sem esquecer a turma que apenas acha engraçado ridicularizar judeus.
Para quem não sabe ou não quer saber, ele é um americano de adoção (nasceu em Portugal de pais belgas) que se mudou para o Brasil em 1970, a convite da Congregação Israelita Paulista. Era, até se afastar agora, presidente do rabinato. Engajado na luta pelos direitos humanos, foi insistente e severo crítico da violência da repressão aos adversários do regime militar. A comunidade intelectual brasileira sempre o respeitou.
A propósito, se o furto das gravatas em Palm Beach tivesse qualquer tipo de precedente em seus anos de Brasil, seria praticamente impossível que seus adversários políticos, dentro e fora da comunidade judaica, não tivessem explorado isso. Neste momento, Sobel não precisa de um crédito de confiança: com o seu passado entre nós, ele adquiriu respeito mais do que suficiente. Talvez só necessite mesmo de orações pela volta de sua saúde.
Levando em conta seu passado de aproximação e boa convivência com brasileiros de crenças diferentes das suas, pode-se rezar por ele em qualquer templo.
Luiz Garcia
Não se poderia exigir da mídia em geral que tratasse como fato sem importância a prisão do rabino Henry Sobel em Palm Beach, por ter furtado cinco gravatas de lojas caras. Era algo inusitado demais para ser ignorado ou tratado como notícia sem grande importância.
Acontece que a escassez de espaço nas manchetes é cruel. Nos textos das primeiras páginas de sexta-feira [30/4], as notícias sobre o episódio praticamente esconderam dos leitores apressados o dado relevante de que Sobel não é um ladrão barato, mas um homem doente.
Quem teve paciência, leu e soube que o rabino está doente. Não é caso de cleptomania: ele tem tomado além da conta, informaram seus médicos, remédios causadores de "confusão mental e amnésia".
A explicação não impediu que, em cartas de leitores e manifestações em sites variados, o rabino tenha sido denunciado, ridicularizado e humilhado. Obra de quem acha graça nisso - ou tenha aproveitado a oportunidade de uma desforra contra alguém que o Brasil aprendeu a respeitar por seu engajamento na defesa dos direitos humanos durante o regime militar.
Talvez não seja exagero dividir em duas tropas quem hoje encontra razão de troça ou condenação nas atribulações de Sobel, entre quem jamais soube de suas atividades políticas na década de 70 e aqueles que nunca se esqueceram delas. Sem esquecer a turma que apenas acha engraçado ridicularizar judeus.
Para quem não sabe ou não quer saber, ele é um americano de adoção (nasceu em Portugal de pais belgas) que se mudou para o Brasil em 1970, a convite da Congregação Israelita Paulista. Era, até se afastar agora, presidente do rabinato. Engajado na luta pelos direitos humanos, foi insistente e severo crítico da violência da repressão aos adversários do regime militar. A comunidade intelectual brasileira sempre o respeitou.
A propósito, se o furto das gravatas em Palm Beach tivesse qualquer tipo de precedente em seus anos de Brasil, seria praticamente impossível que seus adversários políticos, dentro e fora da comunidade judaica, não tivessem explorado isso. Neste momento, Sobel não precisa de um crédito de confiança: com o seu passado entre nós, ele adquiriu respeito mais do que suficiente. Talvez só necessite mesmo de orações pela volta de sua saúde.
Levando em conta seu passado de aproximação e boa convivência com brasileiros de crenças diferentes das suas, pode-se rezar por ele em qualquer templo.
ABI MANDA E-MAIL PARA POLITIKA
O presidente da Associação Brasileira de Imprensa mandou o seguinte e-mail, cumprimentando pela solidariedade ao Rabino Sobel:
De: Maurício Azêdo / Presidente da ABI
Para: Reinaldo Morais
Assunto: Solidariedade com o Rabino Sobel
Prezado Reinaldo Morais,
Você revelou alta compreensão humanista em sua mensagem de solidariedade com o Rabino Henry Sobel. A ABI também se manifestou sobre este infortunato momento que ele está vivendo e levou-lhe sua palavra de conforto, como registramos em nosso Site (www.abi.org.br).
Abraço cordial
Maurício Azêdo
Presidente da ABI