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Genocida, Pinochet não terá funeral de Chefe de Estado.

Reuters
SANTIAGO - Augusto Pinochet não receberá na terça-feira honras fúnebres como ex-chefe de Estado, mas apenas como ex-comandante-chefe do Exército chileno, declarou no domingo o governo.
A ministra da Defesa, Vivianne Blanlot, irá à missa fúnebre de Pinochet e não a presidente Michelle Bachelet, segundo o ministro porta-voz, Ricardo Lagos Weber.
"O governo comunica, conforme a institucionalidade vigente, que se determinou que o falecido general receba em suas cerimônias fúnebres as honras que correspondem a um ex-comandante-chefe do Exército", disse Lagos Weber a jornalistas, no palácio presidencial de La Moneda.
O ex-ditador receberá na terça-feira as honras fúnebres após uma última missa na capela da Escola Militar do Exército, segundo comunicado da instituição.
Pinochet morreu no domingo, aos 91 anos, por uma falha cardíaca múltipla, no Hospital Militar.
Na segunda-feira será instalada uma capela ardente na Escola Militar e, ao longo do dia, serão realizadas missas na entrada principal do recinto.

Esposa, cúmplice e musa inspiradora.

Lucia Hiriart Rodríguez Pinochet foi mais que esposa do ditador Augusto Pinochet, foi mais que cúmplice na roubalheira do marido, mais que a mãe de seu filhos. Era uma verdadeira eminência parda do regime.

Ela foi a musa inspiradora de Pinochet em seus piores momentos de repressão, vingança e crueldade contra os chilenos.

Muitos que conviveram com o casal dão conta que doña Lucia, quando sentia que o marido fraquejava em alguma maldade ou que sua autoridade estava sendo alcançada, dava-lhe verdadeiros esporros públicos e o mínimo que dizia aos berros com o general era que ele estava sendo um frouxo, incompetente, que não era homem, que ia ser deposto porque era um cagão, covarde, medroso e pusilânime.

CARABINEROS DO CHILE. UMA ESTRANHA E PODEROSA FORÇA.

A impressão que eu sempre tive dos Carabineros, a força pública dos chilenos, era a pior possível. Associada, na minha juventude, à sanguinária ditadura de Pinochet, no Chile, esses militares me lembravam prisões, torturas, violência e maus tratos contra o povo chileno.

Poucos anos depois do fim da ditadura militar eu estive em Santiago numa passagem de ano. Terminadas a explosão de fogos, comemorações, beijos e abraços eu vi algo realmente surpreendente: Carabineros, às centenas, de todas as patentes, perfilaram-se na principal praça da Capital para serem beijados pela população. Jovens, velhos, ricos, pobres, crianças levadas pelos pais enfrentavam uma monumental fila para beijar seus soldados. Muita gente esperava o fim das festas apenas para cumprir esse ritual que se repetia há anos, antes de Pinochet, apesar de Pinochet e depois de Pinochet.

Incomodado por não conseguir entender a homenagem e nem me permitir aceitá-la, eu esperei pacientemente o fim daquilo que para mim era uma indignidade, uma sabujice inadmissível, para perguntar a um oficial como podia ser aquilo, aquela manifestação de carinho com quem havia sido tão cruel com aquela mesma gente.

Ele me respondeu que o povo chileno ama e respeita os carabineros em qualquer circunstância, pois tem a certeza de que não sobreviveria um só dia sem eles.

Pensando ser a resposta uma milicagem, fiz a mesma pergunta a uma dezena de civis e as respostas foram exatamente as mesmas.

Eu engoli seco, agradeci e fui embora calado. E muito impressionado.

MORREU PINOCHET

Deixando ao julgamento da história mortes, torturas, desaparecimentos, muita alegria e algumas lágrimas de tristeza, morreu há pouco no Chile o ex-ditador general Augusto Pinochet.

Para Bachelet, globalização "é como o deus Jano, tem duas caras"

O escritor português José Saramago, também conhecido como sal-amargo pela sinceridade e pessimismo realista de suas declarações, tem insistido em dizer que a globalização é a cara moderna, pós muro de Berlim, do velho imperialismo.

Finalmente apareceu mais alguém para lancetar a farsa da globalização. A presidente do Chile, Michelle Bachelet, como sempre um tom acima da mediocridade geral, abre o jogo e diz que a globalização não é lá essas coisas.

France Presse, Cochabamba:

A globalização tem duas caras, uma destrutiva e outra positiva, com oportunidades históricas na América do Sul, afirmou a presidente chilena Michele Bachelet aos dirigentes reunidos neste sábado na 2ª Cúpula Sul-Americana.

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Diablada

"Fidel, já não somos dois diabos, a "diabeira" continua crescendo cada dia somos mais", disse o presidente venezuelano ao referir-se ao presidente da Bolívia, Evo Morales, e aos presidentes eleitos da Nicarágua, Daniel Ortega, e do Equador, Rafael Correa.

Lula declara que crise nos aeroportos brasileiros acabou

Antes de embarcar para Cochabamba, para a Cúpula dos países da américa latina, o presidente Lula disse que teria chegado ao fim a crise nos aeroportos que atormenta a vida dos brasileiros. É no mínimo temerário para o Presidente se expor a dar esta garantia sem que tenha 100% de certeza, sob pena de descrédito.

Sem esta certeza o melhor a fazer é transferir a declaração e o risco de sua eventual imprecisão a um ministro ou outro burocrata passível de ser advertido.